Quatro homens armados roubaram, na manhã de ontem, o cofre do posto avançado do banco Santander, instalado numa cooperativa médica na Rua Desembargador Otávio do Amaral, atrás do Hospital Evangélico, Bigorrilho.
Os assaltantes, um deles usando jaleco branco de médico, obrigaram funcionários a carregar o cofre, de meia tonelada, até a frente da casa, onde o colocaram no carro de uma funcionária para fugir.
De acordo com o tenente Castro, do 12.º Batalhão da Polícia Militar, o ladrão de jaleco apareceu por volta das 8h, quando a funcionária e o vigilante chegavam para trabalhar.
Ele entrou no local fingindo ser médico e alegou que queria fazer um depósito. Logo em seguida, dois comparsas se uniram a ele e anunciaram o assalto. Os marginais estavam armados com pistolas, revólveres, vários carregadores e dois radiocomunicadores na frequência da polícia.
Demora
Enquanto os três permaneceram, por cerca de duas horas dentro do posto avançado, um comparsa ficou do lado de fora dando cobertura. O tenente contou que, para não serem identificados, os bandidos viraram as câmeras de segurança para cima e rendiam os funcionários à medida que chegavam para trabalhar.
Por volta das 10h, todos foram obrigados a carregar o cofre no Megane placa API-5592 de uma funcionária. Antes de fugir, a quadrilha ainda roubou os computadores que armazenam as imagens do sistema de segurança.
O tenente Castro lamentou a demora com que a polícia foi acionada. Segundo ele, várias pessoas testemunharam a movimentação na frente da cooperativa e o cofre sendo carregado, porém, ninguém se preocupou.
“O erro foi o povo não ter ligado para a polícia”, lamentou. O tenente disse que só foram acionados por volta das 11h10 pelas próprias vítimas. O valor roubado não foi informado.
Semelhança
Pela semelhança na ação, a polícia acredita que os assaltantes sejam os mesmos que roubaram, quarta-feira da semana passada, R$ 15 mil do posto do Banco do Brasil no prédio da Oi (antiga Telepar), bem próximo da cooperativa.
O roubo também foi praticado pela manhã e os quatro marginais se vestiram com crachás e uniformes da Oi. Os bandidos também estavam equipados com radiocomunicadores e mexeram nas câmeras de segurança.