Acusados de comercializar vales-transporte falsificados, o cobrador de ônibus Eros Roberto Portes, 47 anos, e o comerciante Júnior César de Souza, de 28, foram presos por policias da Delegacia de Furtos e Roubos. Foram apreendidos 450 vales-transporte, 312 CDs falsificados, 418 capas de CDs e 93 maços de cigarros paraguaios.
O delegado Gerson Machado, titular da DFR, informou que os investigadores Osmair e Milted, receberam a denúncia de que o cobrador, trabalhava para uma empresa de ônibus em Curitiba como folguista. “Quando assumia os postos de seus colegas em estações-tubo, aproveitava para vender os vales-transporte falsificados ou para trocá-los por dinheiro”, salientou o delegado.
Prisões
Machado revelou que Eros foi preso em um posto de gasolina e estava de posse de R$ 350 reais. “Ele afirmou que comprou os vales por R$ 1,45 e revendia ao preço de R$ 1,50”, ressaltou o delegado. Após ser preso, Eros entregou Júnior, que é dono de uma loja no terminal de ônibus da Cidade Industrial. No estabelecimento do acusado foram apreendidos 100 vales falsificados, os cigarros e os Cds. “Ele fornecia de 150 a 200 vales-transporte por dia até ser preso, mas se recusou a dar o nome do falsificador”, contou o policial. As investigações continuam no sentido de identificar e prender quem fabrica os vales falsos. “Acredito que há um derrame de vales-transporte frios na cidade”, salientou o policial, pedindo a ajuda da população para prender o criminoso. “Qualquer pessoa pode denunciar anônimamente através do telefone 262-2800”, solicitou. Ele ressaltou que os vales-transporte foram encaminhados à Urbs para análise, que constatou a falsificação.
Inocente
Eros preferiu não conversar sobre a falsificação, mas seu colega Júnior relatou que quase todas as bancas de revistas de Curitiba compram vales por um preço menor e revendem. “Como eu comprava a R$ 1,45 vendia por R$ 1,50. Só ganhava R$ 0,05 por vale. Muitos locais também vendem cigarros e Cds do Paraguai”, argumentou.