As crianças e pais que circulavam pela Rua Nhundiaquara às 12h20 de ontem, indo ou voltando do Colégio Estadual Senhorinha, Vila Centenário, no Cajuru, viraram testemunhas de uma execução a sangue frio. Depois de ser atropelado, o desempregado Hugo Leonard Andrioli, 21 anos, foi morto com três tiros por ocupantes de um carro bordô. Apesar do crime ter sido cometido perante várias pessoas, poucas informações chegaram à polícia.
Hugo pedalava sua bicicleta Sundown verde pelo canto da rua quando um Logus ou um Verona bordô o atingiu por trás. O ciclista caiu no chão e nem teve chance de levantar-se. “De dentro do carro, atiraram nele. Nem chegaram a sair”, disse o tenente Friesen, do Regimento de Polícia Montada, baseado no relato de populares. No asfalto, restaram as marcas do pneu do automóvel e da bicicleta, cuja roda traseira ficou avariada. O Siate foi chamado mas não conseguiu evitar a morte de Hugo.
Placa
Uma dona-de-casa de 35 anos, moradora da mesma rua, estava dormindo quando ouviu os tiros. “Meu filho de 13 anos voltava do colégio. Morro de medo que ele leve uma bala perdida”, disse a mulher, preocupada. Pouco depois dos disparos, ela escutou o barulho de um carro saindo em alta velocidade e imediatamente ligou para a polícia.
Uma testemunha anotou a placa do automóvel, mas não havia registro de qualquer Logus ou Verona com tal combinação. A vítima, que não tinha passagem pela polícia, morava a três quadras do local da execução. Alguns parentes do rapaz, que se desesperaram ao saber da morte, repassaram ao delegado Sebastião Ramos dos Santos, da Homicídios, as primeiras informações sobre as possíveis razões do assassinato.
O delegado comentou que ainda é muito cedo para fazer qualquer tipo de afirmação. “Ouvimos pessoas no local e informações foram repassadas, mas algumas delas estão desencontradas. Precisamos checá-las”, disse. Nos próximos dias o policial espera ouvir novas testemunhas.
