Colisão com o ônibus da linha Roça Grande destruiu a Caravan placa ACC-1303 e matou dois de seus ocupantes na hora. Outros dois, irmãos dos que morreram, foram encaminhados em estado grave ao Hospital Cajuru. Doze passageiros do coletivo também precisaram ser levados ao hospital. O acidente ocorreu às 6h30 de ontem, na estrada de Santa Cândida, bairro de mesmo nome, próximo à esquina com a Rua Gabriel Joaquim.
O condutor da Caravan, Maike Robi Pereira Machado, 20 anos, e o passageiro que sentava atrás dele, Samuel Gustavo Zelo Carvalho, 16, morreram presos às ferragens. O Siate conseguiu resgatar o irmão gêmeo do condutor, Maikon Robi Pereira Machado, e Marcos Vinícius de Souza Júnior, 18, irmão de Samuel, conforme relatado pelo soldado Marcos Paulo, do Batalhão de Polícia de Trânsito, BPTran. "Os passageiros do ônibus foram encaminhados ao hospital com ferimentos leves", relatou o policial.
Curva
Os rapazes levaram um amigo para casa e retornavam para o Jardim Tupi, também no Santa Cândida, quando ocorreu o acidente. De acordo com o motorista do ônibus, Luciano Braz de Oliveira, 30, ele trafegava pela estrada, com cerca de 50 passageiros, em direção ao terminal Guadalupe. "A Caravan vinha no sentido contrário, perdeu-se na curva e bateu praticamente de frente com o ônibus", relatou. A versão dele é compatível com a análise inicial feita pelo perito Alcebíades, da Polícia Científica. "De acordo com o tacógrafo, o ônibus trafegava a cerca de 60 km/h", comentou o perito.
Com o choque, o carro rodopiou na pista e o coletivo, desgovernado, atingiu o ponto de ônibus que fica praticamente no asfalto, sem proteção de meio-fio. Naquela via estreita não há calçada para pedestres, tampouco espaço para acostamento ou para que os veículos desviem de outros carros em caso de urgência.
Perigo constante
A estrada de Santa Cândida liga o bairro ao município de Colombo e passa por meio de chácaras. Por ser uma via antiga, necessita de infra-estrutura, já que teve um aumento considerável de tráfego nos últimos anos. Ela é sinuosa e não possui acostamento ou recuos ao longo de seu trajeto, mesmo para a parada das várias linhas de ônibus. "O perigo aqui aumentou muito", disse Alfonso Kania, 70, morador na região desde 1960. Ele relatou que vários carros já tombaram em frente a sua casa, localizada perto de onde ocorreu o acidente com o ônibus.