A capital paranaense registrou aumento bastante significativo no número de registros de denúncias de violência contra a mulher, no ano passado, se comparado com o anterior. Os fatores que colaboraram para esse crescimento foram a certeza de punição e maior consciência por parte das mulheres, pouco mais de dois anos depois da vigência da lei Maria da Penha.

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De acordo com dados da Delegacia da Mulher de Curitiba, durante 2007, foram registrados 2.873 casos de ameaças na capital. No ano seguinte, os números aumentaram 46%, foram 4.195 registros. Ainda de acordo com os dados da delegacia, no ano passado, 1.838 mulheres teriam registrado boletins de ocorrência contra lesão corporal doméstica e familiar. Em 2007, o número de queixas teria sido de 1.635. O aumento é de 12,42%.

“Nestes anos de governo, nossas políticas também foram voltadas para a mulher e a melhoria de sua qualidade de vida. Na área da segurança, reforçamos as delegacias, criamos novas, aperfeiçoamos nossos policiais e buscamos apoio de outros profissionais para o atendimento nas delegacias”, comentou o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.

Para a delegada-titular Maria de Fátima Crovador Bittencourt, o aumento na procura pelas delegacias para as denúncias tem acontecido não apenas em Curitiba, mas em todo o País, e se deve à maior confiança de punição. “As brasileiras estão mais seguras e, por isso, procuram a polícia para fazer suas denúncias. Hoje, elas acreditam muito mais na punição de seus agressores do que acreditavam antes. A lei Maria da Penha realmente se tornou um marco”, comentou.

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Ainda segundo a delegada, atualmente grande parte das denúncias atendidas pela delegacia, se referem a agressores de classe média e, principalmente, baixa. “São pessoas que estão ligadas ao tráfico de drogas, bebidas alcoólicas, a violência em geral”, concluiu Maria de Fátima.

Pesquisa

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Pesquisa feita no ano passado, pelo Ibope, a pedido da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Governo Federal, mostrou que a maioria da população já conhece a lei Maria da Penha e sabe da sua eficácia. Dos entrevistados, 68% revelaram já conhecer a lei. Nas regiões Norte e Centro-Oeste se concentram o maior número de pessoas que diz saber da lei, 83% dos entrevistados. No Sul, a taxa de conhecimento da população foi de 79%. O estudo também constatou que 64% aprovam e acreditam que a lei contribuiu para a diminuição da violência doméstica.