O roubo de celulares já faz parte do cotidiano das pessoas. Acessar o telefone em locais públicos e tê-lo arrancado das mãos em pleno uso ou simplesmente vê-lo sendo levado da bolsa ou do bolso do paletó por marginais se tornou acontecimento comum e que aflige os usuários dos aparelhos, gerando-lhes uma série de prejuízos.
?Tive meu celular, um Nokia 1108 prata, furtado no último domingo, no Parque Bacacheri. Estava em um barzinho e quando olhei para o lado o aparelho, que estava em cima da mesa, havia sumido. Tinha comprado o telefone há apenas seis meses e agora vou ter que adquirir outro. Além do prejuízo financeiro, perdi minha agenda telefônica com quase todos os meus contatos?, conta o cabeleireiro César Ferreira da Luz, que ontem realizava boletim de ocorrência na Delegacia de Furtos e Roubos, em Curitiba.
Segundo o delegado responsável pelo local, Rubens Recalcatti, não existem dados oficiais sobre a quantidade de celulares roubados na capital, mas a quantidade de ocorrências é grande. Diariamente e a qualquer horário, tanto na Furtos e Roubos quanto em outros distritos policiais, o movimento de pessoas comunicando o roubo de seus aparelhos e pedindo orientações é intenso. ?Os marginais não escolhem dia para roubar e não possuem modelo de preferência. Roubam todos os tipos de aparelhos, desde os mais simples até os mais sofisticados e valiosos. Algumas vezes, os telefones são obtidos para uso próprio. Outras, são revendidos para terceiros que, de forma mal-intencionada, acabam os adquirindo?, comenta o delegado.
Os roubos e furtos acontecem em parques, como no caso de César, dentro de lojas, supermercados, casas noturnas, universidades e ônibus. Porém, é no centro da cidade, onde o trânsito de pessoas geralmente é mais intenso, que eles costumam ser mais comuns. ?Muita gente também tem o celular levado de dentro do próprio carro. Embora seja proibido dirigir e falar ao telefone, muitas pessoas o fazem e acabam sendo roubadas ao pararem em sinais com os vidros do veículo abertos?, revela Rubens.
Para evitar o transtorno, o delegado aconselha os usuários de celular a sempre carregarem os aparelhos em locais fechados. No momento de atender ou realizar uma chamada em local público, também é importante não se distrair com a conversa, pois muitas vezes ?o descuido facilita a ação dos marginais?, alerta Recalcatti.
