Ao reagir a um assalto, Arthur Ferreira Juacksch, 23 anos, foi ferido com dois tiros às 13h30 de ontem, na Rua México, quase esquina com a Avenida Erasto Gaertner, Bacacheri. O rapaz foi salvo pelo telefone celular. Um dos tiros acertou no aparelho, que ficou estraçalhado. Os outros acertaram a barriga e a perna da vítima, que foi socorrida pelo Siate e levada ao Hospital Cajuru. Os dois assaltantes, que ocupavam uma motocicleta CB-500, fugiram sem nada levar.
Tiros
O soldado Marcelo Frank, que atendeu a ocorrência junto com o soldado Júnior, do RPMont Ä Regimento de Polícia Montada, informou que ontem era dia de pagamento da empresa de plástico da família da vítima. Arthur foi até o banco, de onde retirou R$ 6 mil reais que seriam usados no pagamento dos funcionários da empresa. Depois embarcou em seu Golf, placa AOL-0439, e se dirigiu a Rua México e estacionou o veículo. Quando descia do carro para ir até um laboratório fotográfico, a motocicleta ocupada pelos marginais, encostou ao lado e o homem que estava na garupa deu voz de assalto e ordenou que o jovem entregasse a pasta, que continha o dinheiro. Arthur entrou novamente no carro e fechou a porta. Um dos marginais efetuou três tiros. O primeiro foi direcionado para o peito, mas acabou acertando o telefone celular que a vítima carregava no bolso. O outro acertou a barriga e o terceiro a perna. No momento do roubo, várias pessoas circulavam pela rua e viram a cena violenta. O assaltante apontou a arma para os transeuntes e em seguida, os dois deixaram o local em alta velocidade. “A placa da motocicleta estava virada”, contou Neusa Guimarães, que trabalha em um clínica de fisioterapia, em frente ao local do roubo. Em estado grave, a vítima foi levada ao hospital, onde permanecia internada até o final da tarde.
Motoqueiros
De acordo com a polícia está se tornando comum motoqueiros assaltarem clientes que saem do banco com quantias razoáveis de dinheiro. “Temos atendido muitas ocorrências semelhantes. Um comparsa dos assaltantes fica dentro do banco observando as pessoas que retiram dinheiro e depois passa as características da vítima para os assaltantes, que ficam do lado de fora, seguem a vítima e na primeira oportunidade fazem a abordagem”, relatou o soldado Marcelo Frank. Ele disse que o que dificulta a prisão dos marginais é que eles usam capacetes, o que dificulta o reconhecimento.