Um catador de lixo que fazia a limpeza no Ribeirão dos Padilhas, no Sítio Cercado, encontrou o corpo de um homem, boiando na tarde desta quinta-feira (14). A vítima pode ser Hilário Augusto Nascimento de Oliveira, 39 anos, desaparecido há 18 dias. Ele foi reconhecido pela irmã, que contou que Hilário saiu de casa com R$ 900 no bolso para alugar uma casa na região. As causas da morte não foram determinadas devido à decomposição do cadáver.
Márcio Pedroso juntava o lixo no ribeirão, na Rua Lauro Gentio Portugal Tavares, quando avistou o corpo. Ele disse não ter ficado impressionado. “Já estou acostumado a ver essas coisas”, contou. Logo que os bombeiros retiraram a vítima do rio, a irmã de Hilário, Rosimeire, se desesperou ao reconhecê-lo. Bastante emocionada, ela só disse que ele era trabalhador. A polícia considera apenas suspeita e aguarda a identificação oficial da vítima, que será feita no Instituto Médico-Legal (IML).
A perícia do Instituto de Criminalística constatou que o cadáver estava no ribeirão há cinco ou seis dias. Segundo a perita, não foi possível constatar a causa da morte no local e somente a necropsia deve determinar como o homem morreu. O corpo tinha lesões que, segundo ela, podem ter sido de tiros ou de larvas que já infestavam o morto.
O forte cheiro exalado pelo cadáver afastou boa parte dos curiosos que se aglomeraram no local para saber o que tinha acontecido. A auxiliar administrativa Eliane Valle Leal e o cobrador Fernando Inforgato comentaram que a violência na região preocupa. “Na semana retrasada, mataram um na ponte aqui perto. Essa noite ouvimos tiros. Tem dia que parece que estão matando passarinho, de tanto tiro”, reclamou Eliane.