Cleverson Petrecelli Schimitt, 19 anos, acusado de assassinar o jornalista e escritor Wilson Bueno, em 31 de maio, será novamente conduzido à 2.ª Vara Criminal do Tribunal do Júri de Curitiba, para nova audiência às 15h30 de hoje.
O juiz Daniel Avelar deverá ouvir testemunhas de acusação e de defesa, que não foram ouvidas na audiência anterior, realizada em 1.º de outubro, e por fim o acusado.
Os defensores de Schimitt, advogados Maurício Zampieri de Freitas, Matheus de Almeida e Cláudio Dalledone, informaram que a audiência pode ser prejudicada, uma vez que documentos importantes, como os laudos de perícia do computador de Bueno, da faca usada pelo criminoso, do exame toxicológico da vítima, e da quebra do sigilo telefônico, ainda não foram anexados ao processo.
Caso as testemunhas de acusação não compareçam, os defensores devem requerer a soltura do preso, alegando excesso de prazo (o processo deveria ser encerrado em 90 dias). Por outro lado, há um pedido de habeas corpus tramitando pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) que deverá ser analisado em 30 dias.
O rapaz confessou ter matado o jornalista com golpes de faca no pescoço, após discussão por causa de um cheque de R$ 130. Ele teria recebido a quantia de Bueno, como pagamento de um programa amoroso (eles se conheceram em uma boate gay) e, mais tarde, o jornalista sustou o documento, provocando assim a desavença.
O acusado fugiu da casa da vítima, na Vila Tingüi, levando máquina fotográfica, celular e filmadora, para encobrir pistas que pudessem levar à sua identificação. Foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e sem chance de defesa para a vítima) e por furto. A família de Bueno queria que a denúncia fosse por latrocínio (roubo com morte), que daria condenação maior ao acusado.
Confissão