Caso Wilson Bueno tem audiência hoje

Com a convocação de dez testemunhas de defesa e outra oito de acusação, está marcada para amanhã, na 2.ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, às 14h, a audiência de instrução e julgamento de Cleverson Petrecelli Schimitt, 19 anos, apontado como assassino do escritor e jornalista Wilson Bueno, em 31 de maio.

O juiz Daniel Avelar, depois do interrogatório das testemunhas ouvirá o acusado, cuja defesa será feita pelos advogados Maurício Zampieri de Freitas e Cláudio Dalledone Júnior.

Cleverson confessou o crime, ao ser preso três dias depois, na casa da mãe, em Fazenda Rio Grande, por investigadores da Delegacia de Furtos e Roubos. Disse que vinha mantendo um relacionamento com a vítima (a quem conheceu numa boate gay) e que brigaram por causa de um cheque de R$ 130 reais. O rapaz afirma que recebeu a quantia pelo programa que fez com o escritor, mas que ele, horas depois, sustou o cheque.

Homicídio

Bueno foi morto com dois golpes de faca no pescoço, em seu sobrado na Vila Tingüi. O autor fugiu levando máquina fotográfica, celular e filmadora da vítima, para encobrir pistas que pudessem levar à sua identificação.

Foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e sem chance de defesa para a vítima) e por furto. A família de Bueno queria que a denúncia fosse por latrocínio (roubo com morte), que daria condenação maior ao acusado.

A defesa vai pedir ao juiz que a audiência seja transferida, alegando que faltam documentos, como os laudos de perícia do computador de Bueno, da faca usada pelo criminoso, do exame toxicológico da vítima, e da quebra do sigilo telefônico.

“São dados importantes para a defesa e para a condução do processo. O ideal é que todos os documentos sejam anexados aos autos, para acontecer a audiência”, afirmou Maurício de Freitas.

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