Mais de um ano depois de serem absolvidos da acusação de envolvimento no assassinato do garotinho Evandro Ramos Caetano, 6 anos, em um ritual de magia negra, em abril de 1992, Airton Bardelli dos Santos e Francisco Sérgio Cristofolini podem voltar ao banco dos réus. Na próxima quinta-feira, às 13h30, a 1.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça irá julgar o recurso pedido pelo Ministério Público, que pede a nulidade do julgamento, realizado no dia 20 de junho do ano passado.
A justificativa do MP é que a decisão dos jurados foi contrária a provas contidas no processo. A tese do advogado Matheus de Almeida, que defende Bardelli, é que deve prevalecer a decisão dos jurados, que absolveu Bardelli por cinco votos a dois, e Cristofolini por seis votos a um. ?A tendência é manter a decisão, em virtude de que a Constituição Federal prevê a soberania dos vereditos?, acredita Matheus. ?Caso o entendimento seja contrário, vamos bater às portas do Tribunal Superior Federal.?
Após a morte do garotinho, Bardelli e Cristofolini foram presos junto com outros cinco acusados. Osvaldo Marcineiro, Davi dos Santos e Vicente de Paula Ferreira foram condenados pelo crime, em abril de 2004. Também acusadas do crime, Beatriz e Celina Abagge foram levadas a júri popular em 1998, quando foram absolvidas.