A Delegacia de Crimes contra Economia e Proteção ao Consumidor (Delcon) instaurou um inquérito para investigar estelionato e fraude a credores no caso da falência do Instituto Brasileiro de Odontologia (Imbra).
Duas pessoas registraram boletins de ocorrência na sexta-feira, e outras duas procuraram, ontem, o delegado Vilson Alves de Toledo. “É o suficiente para desencadearmos a investigação para saber se houve vantagem indevida em prejuízo à clientela. Os antigos proprietários recebiam o dinheiro do tratamento antecipado, à vista, e muitos tratamentos não foram realizados”, ressalta.
De acordo com a advogada do Procon, Marta Paim, desde 2008 são registradas reclamações contra a Imbra e foi necessário juntar 68 processos que não tiveram decisões individuais, para aplicar uma única multa contra a empresa, que chegou a R$ 306.460,00. As reclamações eram sobre cobrança indevida, má prestação de serviço e descumprimento de contrato.
Para o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, onde fica a sede da Imbra, a falência da empresa também não foi uma surpresa. Nos dois últimos anos, a entidade emitiu várias notas repudiando atitudes ilegais de profissionais que atuavam na Imbra.
Em Curitiba, dezenas de pessoas já procuraram o Juizado Especial Cível (Rua Inácio Lustosa, 700). É recomendada a apresentação de documentos que comprovem o vínculo com a Imbra e o prejuízo sofrido.
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