Rio Branco do Sul

Caso de assassinato de ex-prefeito é mantido sob sigilo

Apesar de dizer que houve avanço nas investigações sobre a morte do ex-prefeito de Rio Branco do Sul, João Dirceu Nazzari, 59 anos, conhecido como João da Brascal, e do amigo dele, José Antenogenes Faria, 47, o “Zé Keti”, o delegado da cidade, Vitor Dutra, manterá o inquérito sob sigilo. “Não podemos divulgar as informações que temos para não prejudicar o trabalho de investigação”, alegou.

O delegado se restringiu a comentar que os assassinos foram três homens, que agiram de rosto coberto e com armamento de grosso calibre. Por volta das 20h de domingo, eles invadiram a quadra de grama sintética na Rua Antônio Elias, onde acontecia a premiação de um campeonato de futebol, e executaram João com tiros de calibre 12 na cabeça. Zé Keti foi alvejado no peito e no braço.

Feridos

Os bandidos começaram a atirar logo após João, que era um dos patrocinadores do evento, ser convidado para fazer a entrega dos troféus. Centenas de pessoas assistiam à premiação e uma delas foi baleada na perna. Um rapaz ficou machucado durante tumulto e correria por conta do tiroteio.

O delegado disse que ainda está sendo apurado se a pessoa baleada teria relação com o prefeito. “Acredito que a intenção dos assassinos, ou de quem os mandou, era que o crime tivesse “plateia””, comentou um amigo do ex-prefeito, que pediu para não ter o nome divulgado.

De acordo com testemunhas, os atiradores fugiram, pulando o muro e desceram o barranco de mato alto. Cápsulas de escopeta foram encontradas pelo caminho. Diversas unidades das polícias Civil e Militar estiveram no local, inclusive algumas equipes das forças especiais. O delegado Rubens Recalcatti, parente de uma das vítimas, comentou que o crime pode estar ligado à morte do empresário Nestor Francisco da Silva Filho, executado em um bar da cidade por um grupo fortemente armado, em março do ano passado.

Vida pública

João era sócio-proprietário da uma empresa de extração de calcário e foi prefeito de Rio Branco do Sul entre 1997 e 2000. Em 2013, foi acusado pelo Tribunal de Contas do Estado de irregularidades na administração de recursos públicos do município.

Em 2001, ele foi acusado de ter relação com desmanche de veículos perto de sua empresa e chegou a ser indiciado por receptação. Porém, três anos depois foi inocentado pela Justiça. João também foi inocentado de acusação de homicídio em Almirante Tamandaré.

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