A agilidade com que Jaqueline Prado Gonçalves, 21 anos, manuseava o revólver calibre 38 e cometia os assaltos surpreendeu até mesmo a polícia de Piraquara. Ao ser presa – depois de assaltar três estabelecimentos comerciais apenas na manhã de ontem -, ela confessou aos policiais que sua meta era completar 50 assaltos até o próximo fim de semana. O comparsa de Jaqueline, conhecido por “Sapinho”, conseguiu fugir do cerco feito pelos policiais militares, abandonando a namorada. Ela não conseguiu fugir porque perdeu tempo ao apanhavar a arma que deixou cair no chão.
Jaqueline foi presa por volta das 10h depois de assaltar uma farmácia na Rua Herbert Trapp, Vila Guaraitubinha, Piraquara. Em uma ação rápida, o casal chegou em uma moto e, ao desembarcar, Jaqueline apontou a arma para o proprietário do estabelecimento. Enquanto ela dava cobertura à ação, o comparsa arrecadava o dinheiro do caixa. Um representante de medicamentos também ficou sob a mira do revólver da garota, e teve seu computador de mão roubado. Depois de assaltar a farmácia, o casal fugiu com a motocicleta placa AKF-5720, roubada na sexta-feira. Após algumas quadras a arma da garota caiu no chão e assim que ela desceu para apanhá-la a policia apareceu. Sem esperar a namorada subir novamente na moto, “Sapinho” fugiu, levando toda a quantia arrecadada nos roubos. Assim que detiveram Jaqueline, os policiais militares passaram a perseguir seu comparsa. Após troca de tiros, “Sapinho” entrou com a motocicleta no Jardim Holândes, conseguindo despistar os policiais, que encontraram apenas a moto abandonada em uma das ruas da região.
Assaltos
Jaqueline contou como a dupla agia: “Eu enquadrava os caras e ele fazia a limpa”. Em todos os assaltos nós agiamos dessa forma”, contou. Na manhã de ontem, antes de assaltar a farmácia o casal já tinha invadido um restaurante e um mercado. Para os policiais da delegacia de Piraquara, a garota contou que assaltou cerca de 15 estabelecimentos comerciais no fim de semana e que até o próximo domingo esperava assaltar outros 50. Ela também confessou que é usuária de drogas e que planejava viajar com o namorado utilizando o dinheiro arrecadado. Ao ser questionada sobre o risco que corria de ser morta durante a perseguição policial, Jaqueline foi direta na resposta. “Cada um tem sua hora de morrer e não dá para fazer nada. Meu último namorado foi assassinado pela Rone enquanto cometia um assalto. Fazer o quê?”, disse ela.