A atitude suspeita de um casal em um posto de gasolina levou uma pessoa a telefonar para a Polícia Militar para alertar sobre o fato. Gracielle de Cristo, de 25 anos, e Gustavo Rodrigo Monteiro, de 21, ocupavam, respectivamente, um Corsa vermelho e uma camioneta S-10 prata, e estavam parados em um posto do Jardim Cruzeiro, em São José dos Pinhais, quando foram abordados por policiais militares do 17.º Batalhão.
A dupla acabou detida depois que a polícia verificou que os carros eram roubados, um deles estava com a placa clonada e, ainda, Gracielle carregava três documentos de identidade falsos. Verificando nome e filiação, a polícia descobriu que Gracielle de Cristo já respondeu inquérito por furto em Santa Catarina.
Histórias
Gracielle contou uma história confusa. Disse que a S-10 foi dada a ela pelo ex-marido. A camioneta, de placas AGQ-9517, foi tomada em assalto no dia 28 de dezembro, de acordo com o registro da polícia, mas Gracielle alegou não saber disso. Depois, disse que a camioneta veio em troca de outro carro usado que ela teria entregado também para o ex-marido. ?Dei R$ 1.100,00 e fiquei devendo novecentos?, tentou explicar.
Para os documentos falsos que estavam no Corsa, e ainda os documentos de um terceiro carro, em nome de outra pessoa, que também foram apanhados com ela, Gracielle não teve explicações. ?Eu nem sabia dessa papelada. Meus documentos estão na casa da minha mãe, em São José?, justificou.
Clonadas
As placas AJL-4569, que estavam no Corsa vermelho, são, de acordo com a polícia, clonadas. ?Na primeira verificação do veículo parecia tudo em ordem, inclusive a documentação. Mas uma inspeção minuciosa revelou que o chassi estava alterado. A placa original deste Corsa é AIX-8306, de Ponta Grossa. Este carro foi roubado em outubro passado, no centro de Curitiba?, explicou o sargento Padilha.
Gracielle e Gustavo foram levados para a delegacia de São José dos Pinhais, onde seriam autuados em flagrante por receptação. ?Essa moça deve ter outras histórias interessantes para contar para a polícia?, comentou o sargento, ao perceber que em um dos documentos falsos de identidade, em nome de outra mulher, estava a foto de Gracielle. Gustavo, que disse ser amigo dela, afirmou que não sabia de nada. ?Estava de carona, a gente vinha voltando da praia?, disse o rapaz, que não estuda e nem trabalha, e também reside em São José.