Casal morto no mercado em S. J. dos Pinhais

O último abraço de Zeneide Koziel, 21 anos, foi para seu filho, de 2, que estava em seus braços quando ela foi assassinada, junto com seu companheiro Joaquim Lopes de Oliveira, 28, às 19h de ontem, na Rua Paulino Ferreira Bello, Jardim Paraíso, em São José dos Pinhais. O casal foi morto dentro do mercado, do qual era proprietário há 10 meses. A polícia suspeita de uma rixa antiga de comparsas de Joaquim, que já foi detido por assalto a banco, em Santa Catarina.

Ailton, parente das vítimas foi um dos primeiros a ver a cena. Joaquim morto próximo ao caixa e Zeneide, na entrada da cozinha do estabelecimento, caída, ainda segurando Wesley junto ao colo. “Ela ainda respirava”, contou, “Mas acho que não ia adiantar levá-la para o hospital”, avaliou, tristemente. A criança não sofreu nenhum ferimento, o sangue da mãe foi limpado e ela, levada a casa de familiares. De acordo com levantamentos preliminares do perito Antônio Carlos, o homem foi morto com um tiro no olho esquerdo e a mulher atingida por três disparos, na cabeça. “Há muito sangue, somente com exames complementares poderemos dizer a quantidade exata de ferimentos”, comentou. No chão do estabelecimento, oito cápsulas de pistola, calibre 380, foram recolhidas e, nas paredes, algumas marcas davam uma idéia da fuzilaria.

Passado

Os soldados Janderson e Rui, do 17.º BPM, não conseguiram muitas informações que auxiliassem a identificação dos assassinos. “A televisão e o aparelho de som não foram mexidos, em princípio, e na gaveta do caixa ainda restam alguns trocados. Nem cigarros foram levados”, relatou o policial, para quem a hipótese de latrocínio era remota.

Maria do Rosário da Silva, irmã de Joaquim, revelou que ele já fora preso por assalto a banco, mas tentava se regenerar, trabalhando honestamente com o comércio. “Ele ficou cerca de um ano e meio preso, mas saiu em liberdade há mais ou menos um ano, por ser primário”, contou. Para o investigador Caetano, da delegacia local, a passagem pela polícia de Joaquim, em Santa Catarina, pode ser a chave para solucionar o caso. “Ele já vinha sendo ameaçado pelos comparsas, e durante o dia foi visto um Santana branco nas imediações do mercado”, levantou o policial, juntamente com seus colegas Lourival, Pedroso e Wilson.

Este será o ponto de partida para as investigações. “Quero ver a justiça. Será que a polícia vai dar conta de descobrir os assassino?”, perguntava Maria do Rosário. “Eles estavam construindo a vida deles”, lamentou.

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