Foto: Átila Alberti |
Gilmar e Luana tentaram fugir e foram baleados nas costas. continua após a publicidade |
O silêncio da Rua Celso Costa Ramos, no Jardim Ipê, São José dos Pinhais, foi quebrado, na tarde de ontem, por uma seqüência de tiros. O ex-presidiário Gilmar Pinto Monteiro, 20 anos, teve o corpo crivado de balas, disparadas por pistolas ponto 40 e calibre 380. A namorada dele, Luana Popovicz de Souza, 17, também foi atingida, e tombou morta com um tiro nas costas.
Por volta das 14h45, Jamile Monteiro, mãe de Gilmar, estava na cozinha com o marido e os dois filhos menores, enquanto os namorados conversavam no quintal. De repente, Jamile ouviu vários tiros. Todos que estavam na casa se jogaram no chão, enquanto o casal era executado no quintal.
Dois homens, em uma motocicleta, chegaram na casa e abriram fogo contra Gilmar e Luana, que tentaram fugir e foram baleados nas costas.
Os assassinos foram embora, sem que ninguém conseguisse anotar a placa da motocicleta. ?Ele foi morto com cinco tiros nas costas e um no joelho?, disse a perita Solange, do Instituto de Criminalística.
Perseguido
Na noite do último sábado, três homens armados invadiram a casa de Gilmar, em busca dele. Eles ordenaram que todos se deitassem no chão e revistaram toda a moradia, inclusive o sótão. ?Três homens entraram e outros ficaram do lado de fora, em um Gol preto. Desde sábado eles rondam nossa casa e, hoje, voltaram e mataram meu filho?, disse Jamile.
Para a polícia, Gilmar foi morto por conta do envolvimento com o tráfico de drogas, e Luana, porque estava no lugar e na hora errados.
?Ele saiu da cadeia, onde estava preso por porte ilegal de arma e roubo, em 14 de agosto.
Os policiais militares já conheciam a casa de Gilmar como ponto de consumo e venda de drogas?, disse Altair Ferreira, chefe de investigação da delegacia local.