Pacto de morte ou tentativa de duplo homicídio. Com essas duas hipóteses o delegado Rubens Recalcatti, de Araucária, trabalha para tentar esclarecer o envenenamento do casal de agricultores Doraci Aparecida Costa, 45 anos, e Juarez Aparecido Gonçalves de Aquino, 38. Ela morreu na noite de quinta-feira, e ele permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Municipal.

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Na casa das vítimas, na Rua Joval de Paula Souza, Colônia Tomás Coelho, foi encontrada uma carta, escrita por Juarez, que parecia ser uma espécie de testamento. Nela, o casal se despediu da família – no final consta o nome dos dois -dizendo: “Adeus aos que ficam”.

Eles também declaram amor incondicional a “Lelo”, um garoto da vizinhança a quem consideravam como filho, e avisam que o menino sabe do dinheiro que eles teriam para receber, relativo à venda de animais. Pedem também que a polícia ajude a fazer a cobrança, caso contrário o garoto corre risco de vida.

Nova versão

A princípio, por causa da carta de despedida, o delegado tratou o caso como um pacto suicida. No entanto, ontem à tarde, a mãe de Juarez esteve na delegacia acompanhada por outros parentes, informando que havia falado com o filho na UTI.

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Na versão apresentada pela anciã, o casal teria tomado café, envenenado por um homem que lhes devia dinheiro e que estivera na casa deles na tarde de quinta-feira.

“Com isso, muda o tratamento do caso”, explicou o delegado. Ele aguarda a recuperação de Juarez para obter mais detalhes. Ontem, fontes do hospital informaram que o estado dele era estável e que possivelmente hoje será removido para um quarto.

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Na carta apreendida pela polícia, Juarez se preocupa em proteger financeiramente o menino “Lelo”, pedindo que deixem seus bens para ele e revela que vendeu o cavalo “Ringo” por R$ 1.400,00 e a porca “Gioconda” por R$ 400,00, para duas pessoas diferentes, e pede que sejam cobrados.