O funcionário de um ferro-velho situado na Rua João Florindo Zanetti, bairro Ouro Verde, em Campo Largo, tomou um susto ao abrir o estabelecimento, às 8h20 de ontem. Logo na entrada, encontrou o cadáver do catador de papel identificado apenas como Nélson, que há cinco meses vivia ali, em um minúsculo quartinho de canto.
A vítima foi vista pela última vez às 20h de sábado, dentro do quarto. “Perguntei se estava bem e ele respondeu que mais ou menos”, contou Israel, o mesmo funcionário que o encontraria morto de manhã. O inquilino do ferro-velho morava sozinho e tinha parentes em Almirante Tamandaré.
Nélson tinha histórico de alcoolismo, segundo Marcos Antônio Dalla Benetta, dono do ferro-velho e que alugava o quarto a ele. “Se ficava uns dias sem beber, tinha ataques horríveis”, conta o proprietário, supondo que uma complicação provocada pelo vício causou a morte.
O sargento Marcos, do 17.º Batalhão da PM, também acredita que não houve morte violenta. “Vizinhos não comentaram sobre briga ou confusão de madrugada”, afirmou. O sargento decidiu acionar a Polícia Científica por causa de pequenas lesões na cabeça e nas pernas da vítima. Ao lado do corpo havia uma barra de ferro. A principal hipótese é que o próprio Nélson tenha provocado os ferimentos ao se debater, mas a causa da morte só será conhecida após o laudo do exame de necropsia feito pelo Instituto Médico Legal.
