Carregador da Ceasa morre baleado na cabeça

Com pelo menos dois tiros na cabeça, o carregador Valdemir Romualdo da Silva, mais conhecido como “Val”, 27 anos, foi encontrado morto no início da tarde de ontem, próximo a um rio, em um matagal, nas proximidades da Grameira, no Jardim Vitória, Umbará. Há suspeitas que o colega dele, Osmir Aparecido Cacho, 21, e um outro rapaz ainda não identificado também foram mortos durante a madrugada no mesmo local. Um chinelo de Osmir foi encontrado próximo ao corpo de Valdemir.

O soldado Vergines, do 13.º Batalhão da PM, que atendeu a ocorrência junto com o colega Delson, informou que, por volta das 9h da manhã, uma pessoa telefonou para a Polícia Militar informando que havia um corpo no Umbará. O denunciante passou o endereço, os policiais foram até o local, mas nada encontraram e encerraram a ocorrência, já que é comum pessoas fazerem denúncias infundadas. Por volta das 14h, Moisés Cacho telefonou para o 190 contando que havia encontrado um corpo. “Ele disse que obteve informações, no bairro, de que seu filho estava morto no matagal e fez buscas”, relatou o soldado Delson.

Só que ao invés de encontrar o filho, Moisés encontrou o colega dele, Valdemir. Ele acionou a polícia e continuou as buscas pelo matagal. Mas até a tarde de ontem, os outros dois corpos ainda não haviam sido encontrados.

Drogas

Moradores do bairro, que se aglomeraram no local para ver a vítima, informaram que Valdemir era viciado em drogas e que, na noite de quinta-feira, saiu com a mulher de um dos traficantes do bairro, que estaria preso, para vender uma Brasília de propriedade dela. O dinheiro seria utilizado para pagar o advogado e colocar o traficante em liberdade. “Ele furtava bicicleta para comprar drogas”, denunciou um morador.

Os investigadores França e Idineu, da Delegacia de Homicídios, conversaram com um irmão de Valdemir que confirmou que ele era usuário de drogas. Ainda de acordo com os policiais, Valdemir teria passagem por roubo.

A ex-mulher do morto, Vânia Trindade de Paula Nogueira, com quem o rapaz tinha três filhos, se limitou a falar que ele trabalhava na Ceasa e não sabia informar se já tinha passagens pela polícia, nem se era viciado em drogas, apesar de ter convivido com ele durante cinco anos.

Investigações

O superintendente Neimir Cristóvão, da DH, disse que a equipe está trabalhando para obter mais detalhes sobre o caso. “Estamos apurando se existe este traficante e onde ele está preso. A princípio, foi uma execução, mas é cedo para dizer o motivo. Pode estar relacionado a drogas”, frisou o policial.

Neimir disse que também foi registrado o desaparecimento de Osmir, que teria saído junto com Valdemir para vender a Brasília. “Se for necessário iremos pedir ajuda ao Corpo de Bombeiros para efetuar buscas no rio. Já sobre a outra vítima, ainda não temos nenhuma informação. Por enquanto são só boatos”, enfatizou.

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