Foto: Átila Alberti
O corpo de Dayvith André
de Oliveira Santos foi encontrado, na manhã de ontem, no final da Rua Linhares, no Jardim Tropical.

Dentes da frente quebrados, talvez até arrancados. Um tiro no ombro e diversas facadas pelo pescoço, rosto e uma no tórax. Tamanha crueldade foi cometida contra o carpinteiro Dayvith André de Oliveira Santos, 23 anos, encontrado morto, enrolado num cobertor, na manhã de ontem, em Piraquara. O cadáver foi desovado no final da Rua Linhares, no Jardim Tropical. Para a família, um policial militar pode estar envolvido na morte. Há suspeitas de que o motivo do crime possa ser um triângulo amoroso.

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O cadáver já estava sendo recolhido pelo Instituto Médico-Legal (IML), pouco depois das 10h30 de ontem, sem identificação, quando familiares de Santos chegaram ao local e o reconheceram. Segundo contou Benedito dos Santos Filho, pai da vítima, seu filho havia lhe pedido R$ 50,00 para se divertir com um amigo chamado Fernando, num bailão da Avenida João Leopoldo Jacomel, em Pinhais. Segundo relatos do próprio Fernando à família do amigo, eles haviam acabado de chegar em frente ao bailão quando dois rapazes numa moto Biz passaram e atiraram contra eles. Isso teria ocorrido por volta da 1h.

Fernando levou um tiro de raspão na cabeça e após ser medicado no Hospital Cajuru, em Curitiba, foi à casa do amigo contar o que havia acontecido. No meio da confusão, Santos teria sido recolhido por uma pessoa, que o colocou num veículo branco, podendo ser uma Elba ou uma Parati, dizendo que ia levá-lo ao hospital. No entanto, a família passou todo o final da madrugada procurando o carpinteiro em hospitais e não o encontrou.

Policial

De acordo com o tio da vítima, Santos e um policial militar do 17.º Batalhão estariam namorando a mesma mulher. O policial estaria fazendo um ?bico? de segurança em frente ao bailão e teria assistido aos tiros que os jovens levaram. Depois disso, alegam os familiares de Santos, o policial desapareceu. Não se sabe se foi ele quem socorreu o carpinteiro no carro branco, ou se apenas assistiu aos disparos.

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Policiais do 17.º Batalhão confirmaram o ?bico? do policial em frente ao bailão. Mas depois desconversaram e disseram que o soldado apenas trabalhava em sua banquinha de cachorro-quente, em frente ao estabelecimento.