O deputado estadual Carlos Simões, que tem sido citado pelo Ministério Público como uma das pessoas que intercedeu junto aos órgãos da Segurança Pública para minimizar os efeitos dos inquéritos abertos contra Mário do Amaral Fogassa – acusado de liderar uma quadrilha envolvida em roubo e desvio de cargas – defendeu-se ontem das acusações, através de seu advogado, Elias Mattar Assad.

Em nota distribuída aos veículos de comunicação, Assad afirma que não há nenhuma prova idônea que possa ligar o deputado com delitos investigados pela comarca de Rio Negro e que a defesa de Simões aguarda uma convocação oficial para se manifestar formalmente a respeito do caso.

Ainda de acordo com a nota emitida pelo defensor, existe um pedido de Simões em curso no Tribunal de Justiça, denunciando violações da Constituição Federal, pedindo providências e responsabilizações de autoridades que “de forma leviana” tentam envolvê-lo nestes episódios. Por fim, Assad assegura que pedirá indenização por danos morais provocados em seu cliente.

Fitas

Desde que iniciou as investigações sobre a quadrilha supostamente comandada por Fogassa, apontada inclusive como responsável pelo assassinato de um vereador de Campo do Tenente, que o Ministério Público tem acompanhado o aparecimento do nome do deputado Simões em várias situações. Inclusive existem fitas gravadas de conversas telefônicas entre Fogassa e Simões, acertando encontros e trocas de informações com o delegado-geral da Polícia Civil, Leonyl Ribeiro (que foi denunciado pelo MP esta semana, por favorecimento ao quadrilheiro), e com o secretário da Segurança, José Tavares.

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