Rutinéia de Carvalho dos Santos, uma das mulheres detidas na sexta-feira, acusada de seqüestrar um bebê de 8 meses, em frente a um posto de saúde do Uberaba, admitiu que já esteve envolvida em caso semelhante, no ano passado, também em Curitiba.
Rutinéia, que mora no Rio de Janeiro, contou ao delegado do Grupo Tigre, Edward Figueira Ferraz, que ela e o amásio queriam ter filhos. Como não podia engravidar, Rutinéia inventou estar grávida e veio para Curitiba, onde fez um acordo com uma mulher que queria abortar o bebê. ?Ela conseguiu registrar a criança em seu nome e, depois do nascimento, retornou para o Rio, onde ficou 15 dias com o amásio e o bebê?, contou o delegado. Porém, a mãe biológica se arrependeu e, por meio do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), recuperou o filho.
Passados alguns meses, o marido, que não sabia da história, passou a pressionar Rutinéia para ver a criança. ?Ela entrou em desespero e, junto com sua sobrinha, tentou roubar outra criança?, contou o delegado. Rutinéia e a sobrinha, Alessandra da Silva Francisco, serão autuadas pelo artigo 237 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que prevê reclusão de dois a seis anos para quem subtrair criança ou adolescente com o intuito de colocá-los em lar substituto.
A Secretaria da Segurança Pública não confirmou outras prisões e nem a existência de uma quadrilha de tráfico de crianças.