Foto: Walter Alves
Sistema de amarração não seria seguro.

Pires Cordeiro Neto, 52 anos, e seu filho, Fábio Adriano Cordeiro, 26, estavam no caminhão Mercedes-Benz placa BWC-9518 (São José dos Pinhais), carregado de madeira, quando foram surpreendidos por uma batida na traseira do veículo.

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Segundo informações no local, o motorista do caminhão Volkswagen placa MIS-3380 (Capivari de Baixo – SC), Claudecir Espíndola Mota, 52, teria dormido ao volante e provocado a colisão. Com o impacto, as toras deslizaram em direção à cabine, prensando pai e filho, que morreram na hora, presos nas ferragens.

Claudecir perdeu o controle da direção e invadiu a pista de sentido contrário depois da colisão. O acidente formou um engarrafamento e o trânsito só foi liberado por volta das 8h. Claudecir foi levado ao Hospital do Trabalhador pelo Siate, em estado grave.

Legislação

Segundo policiais rodoviários federais, que atenderam o acidente, pai e filho poderiam ter sobrevivido, se a carga de toras estivesse devidamente presa e amarrada, como determina a resolução 196 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que entrou em vigor em 1.º de janeiro. O prazo inicial era 25 de julho de 2006, mas foi estendido para que os caminhoneiros tivessem mais tempo para se adequar.

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Entre outras medidas, a resolução determina que caminhões que transportam toras tenham painéis dianteiro e traseiro na carroçaria do veículo; possuam escoras metálicas e que a carga esteja amarrada por cabos de aço ou cintas de poliéster.

De acordo com testemunhas, a carga não estava amarrada por cabos de aço, e as toras estavam soltas na carroçaria.

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