Quarenta e três dias depois de participar do assalto seguido de assassinato do taxista Benoni Costa Farias, 69 anos, os irmãos Gilberto Alves da Silva, o “Beto”, 25 anos, e Mateus Alves da Silva, 21, foram presos por policiais da delegacia de Rio Branco do Sul, quando foram visitar seus pais na Vila Nodari II.
O escrivão Clélio Dirceu Polachini Filho informou que Benoni era taxista há muitos anos em Rio Branco do Sul, e foi visto pela última vez com vida, às 15h45 do dia 22 de abril, quando trafegava com um passageiro nas proximidades da Praça Castelo Branco, centro de Rio Branco do Sil. Depois disso, testemunhas viram o táxi, o Gol vermelho, placa AID-9748, passando pela localidade de Santa Clara, zona rural da cidade.
Morte
Na tarde do dia seguinte, o táxi foi localizado, abandonado na área de divisa entre Rio Branco do Sul e Bocaiúva do Sul. O táxi estava sem placas, com as duas portas da frente e o porta-malas abertos. Os marginais desovaram o corpo e depois fugiram para uma chácara no Cachoeirinha.
Na madrugada do dia 24 de abril, policiais de Rio Branco localizaram o principal suspeito do crime, Gilmar Alves da Silva. Ao ser abordado, o rapaz reagiu e foi morto no confronto. Seus irmãos conseguiram fugir.
O taxista foi achado morto na tarde do mesmo dia, em um matagal, na localidade de Antinha, zona rural de Bocaiúva do Sul. Ele estava vestido e mantinha no pulso o relógio. O único pertence levado foi a carteira contendo dinheiro.
Confissão
Gilberto e Mateus confessaram suas participações, mas alegaram que foram influenciados pelo irmão Gilmar. “A idéia dele era levar o carro para praticar outros roubos”, contou Gilberto. “Quem matou foi o Gilmar”, delatou Mateus. “Ele tirou o taxista do porta-malas, levou para o matagal e o executou. Nós nem vimos. Só ouvimos os tiros. Ele é que era metido com gente estranha e fomos atrás dele. Agora o jeito é pagar pelo crime”, acrescentou Gilberto. (VB)