Valacir de Alencar, 23 anos, o “Polaquinho”, foi preso em Paranaguá na noite de domingo, enquanto se divertia em uma danceteria. Ele é acusado de ser um dos responsáveis pela execução de Carlos Henrique de Campos Charneski, 22 anos, fato ocorrido em julho deste ano. A vítima foi executada com 22 tiros de pistola nove milímetros e teve o corpo jogado do alto do viaduto Caruru, na BR-277, em Morretes. Além dessa acusação, “Polaquinho” possui antecedentes criminais em Campo Largo por homicídio, assalto e tráfico de drogas e possuía mandado de prisão expedido contra ele por aquela comarca.
O indivíduo foi apresentado na tarde de ontem, na Delegacia de Homicídios, pelo delegado Luiz Alberto Cartaxo de Moura. “Polaquinho” disse em seu interrogatório não ter envolvimento no assassinato de Carlos e jogou a responsabilidade em cima de Willians de Paula Carvalho, 24, que esta foragido e é procurado pela polícia. A outra suspeita de participar da execução, Joana Paula Pereira da Silva, 19, a “Paulinha”, está recolhida na carceragem do 9.º Distrito Policial (Santa Quitéria).
Motivo
Devido às negativas apresentadas por “Polaquinho” em seu interrogatório, não foi confirmado o motivo da execução de Carlos Henrique. Entretanto, as investigações da DH apontam para dois. O principal deles é o tráfico de drogas. A vítima teria denunciado dois traficantes – “Polaquinho” e Willians – à polícia e foi jurada de morte. Os traficantes agiam nos bairros Santa Cândida, Cidade Industrial e centro e chegaram a ficar detidos no 5.º DP (Bacacheri), mas foram ouvidos e liberados. Além disso, Carlos tinha encontros com “Paulinha” que, por sua vez, tinha um relacionamento amoroso com “Polaquinho”, conforme explicou o delegado. A combinação desses fatores resultou na morte do jovem.
A ligação entre “Paulinha” e a vítima facilitou a execução, pois a mulher foi utilizada como chamariz para um encontro. Carlos foi atraído até um local não apurado e executado. Ainda há dúvidas se Carlos foi executado em Curitiba ou no viaduto, na Serra do Mar, onde o corpo foi jogado e posteriormente localizado. O delegado informou que até agora a arma ou armas utilizadas no crime não foram localizadas. A motocicleta de Carlos foi encontrada abandonada no centro de Curitiba.
“Polaquinho” alega inocência e disse que estava em Paranaguá, há uma semana, fato que é questionado pelo policial. “Ele está naquela cidade há mais tempo. É muita coincidência, que o “Polaquinho” tenha sido preso em Paranaguá, rota final da estrada utilizada para desovar o corpo da vítima”, afirmou Cartaxo. “Polaquinho” já esteve preso em Piraquara por três meses e em Campo Largo, durante oito meses.