Isaías Pimentel, o ?Boca?.

Suspeito de assassinar dois jovens no bairro Águas Claras, em Piraquara, Isaías Pimentel, mais conhecido como “Boca”, 21 anos, foi preso por policiais do serviço reservado da PM às 21h de quinta-feira, no Jardim Independência, em São José dos Pinhais. Ele portava 10 pedras de crack e foi conduzido à delegacia de São José dos Pinhais. Isaías negou qualquer envolvimento com o crime e disse que sua inocência será provada.

O tenente Castelo Branco, do Serviço Reservado do 17.º Batalhão, informou que devido a denúncia feita pela mãe de uma das vítimas – de que Edeone Estevan, 15, havia sido preso e executado por PMs, na madrugada de domingo, junto com Luís Cláudio Duarte Pinto, 28, – o serviço reservado começou a investigar o caso “Recebemos uma informação de que um traficante havia jurado o garoto de morte. O motivo seria que os dois jovens teriam trocado dois televisores roubados por droga. A casa do “Boca” foi arrombada e furtaram os televisores e ele acreditava que foram os dois, por isso jurou matá-los”, explicou o oficial.

Um policial à paisana foi até a casa de Isaías, na Rua Anistina Macedo de Souza Cortes, no Jardim Independência, na noite de quinta-feira e “Boca” tentou vender crack. Por este motivo foi preso e conduzido para a delegacia.

“Boca” alega que é catador de papéis e garante que não é traficante. mas confirma a visita dos policiais. “Foi um cara lá em casa, vestido assim igual a gente. Ele falou: “Quero duas pedras de crack”. Disse que não mexia com aquilo e fechei a porta. Eles reviraram tudo e não acharam nada, mas me trouxeram para a delegacia”, contou o acusado. Ele alegou que não tinha conhecimento que estava preso por tráfico de drogas. “Que droga? Eu não tinha nada.”

Ele também negou envolvimento com o duplo assassinato. “Eu conhecia os dois, mas não tinha nenhum motivo para matá-los”, garantiu.

Investigações

O superintendente Altair Ferreira confirmou que “Boca” está recolhido no xadrez da DP por tráfico de drogas. Quanto ao duplo assassinato, ele disse que será investigado pela delegacia de Piraquara, já que os corpos foram encontrados naquele município. “Estamos auxiliando a delegacia de Piraquara porque as vítimas residiam aqui, mas o inquérito foi instaurado por lá”, informou o investigador.

A mãe de Luís Cláudio já procurou a delegacia para informar que seu filho foi preso por policiais militares horas antes do crime. Dois rapazes que estavam junto com Edeone e Luís Cláudio conseguiram fugir da abordagem. Um outro morador teria visto os rapazes serem detidos e perguntado aos policiais para onde seriam levados. “Repassamos as informações para a delegacia de Piraquara”, afirmou Ferreira.

O superintendente Valdir Bicudo, de Piraquara, disse que Elza Dias será convidada a prestar depoimento na delegacia na próxima semana, para informar o nome da pessoa que foi até a sua casa, para avisar que seu filho estava preso. “Também vamos ouvir outras pessoas para esclarecer o caso, inclusive o Boca”, disse.

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