Quando tentava fugir de Curitiba, na tarde de ontem, Luiz Aurélio Branco, 27 anos, o "Lelo", foi preso por policiais militares do Projeto Povo, na Rodoferroviária. Ele é acusado de matar Gleisson Rodrigo Pereira de Almeida, 21 anos, executado na Estrada da Ribeira, no Atuba, na noite de terça-feira.
Na abordagem, "Lelo" estava armado com um revólver calibre 38 e tinha consigo um exemplar da Tribuna, com a matéria que noticiava a morte de Gleisson e a denúncia de que o cúmplice dele, o "Raposão" havia sido preso na segunda-feira e solto no dia seguinte, após subornar policiais.
"Lelo" confessou ser aquela a arma que usou no crime. O encontro do assassino partiu de uma denúncia anônima.
Na hora do crime, "Lelo" estava acompanhado por "Cabeção" e o mandante seria Marcos Evaldo Cunha, o "Raposão", líder do tráfico de drogas no Bairro Alto. Os policiais ainda apuraram que a motocicleta Titan, usada na execução, pertence à quadrilha. "Raposão" e "Cabeção" também são suspeitos de matar Elias Lustosa dos Santos, 24, dia 26 de junho, na Vila Perdizes, em Pinhais.
Confissão
"A polícia está muito barata. Paguei R$ 2 mil para os caras me liberarem." Foi o que "Raposão" espalhou aos moradores do Bairro Alto, após ler a Tribuna de ontem, que denunciou o suborno aos policiais para que ele fosse solto. Disse – segundo denúncia -que o valor pago era menos da metade do que arrecada por dia com a venda de entorpecentes. O traficante contou, inclusive, o nome dos policiais e a delegacia da Região Metropolitana a que pertencem, fato que será averiguado pela Corregedoria da Polícia Civil.