Naio: “Mato pra me defender”. |
Acusado de ser autor de um latrocínio e de um homicídio, Nailton Teodoro da Silva, mais conhecido como “Nego Naio”, 33 anos, foi preso pelos investigadores Thalles, José Carlos e Luís Cidreira, do 8.º Distrito Policial (Portão). Nailton assumiu os dois crimes, mas alegou que os dois foram homicídios. “Eu não mato para roubar. Só mato para me defender”, ressaltou o acusado.
O auxiliar de produção Joel Ferreira Rodrigues, 32 anos, foi assassinado às 2h30 da madrugada do dia 31 de outubro do ano passado, na Rua Magnos Grubbas, Vila Uberlândia, Novo Mundo. De acordo com dados apurados pela polícia na data do crime, Joel conduzia sua motocicleta, quando teria tentado evitar um assalto contra uma moradora do bairro. Por este motivo o rapaz levou dois tiros nas costas. O assassino fugiu tomando-lhe o celular, o relógio, R$ 150,00 e o revólver calibre 38. Ainda no local do crime, policiais da Delegacia de Homicídios apuraram que o autor era conhecido como “Naia”.
Nailton afirma que é o autor do crime, mas dá outra versão. “Trocamos tiros. Eu matei para não morrer. Não tem nada de assalto. Estão inventando isto para me complicar”, salientou. Quanto ao roubo, ele alega que outras pessoas que passaram pelo local se apoderaram dos pertences da vítima. “A arma dele está com um traficante lá da vila”, acusou Nailton.
Homicídio
Nailton também assume que é autor do homicídio que vitimou Carlos Avelino da Silva, 29 anos, que aconteceu no dia 25 de dezembro de 2002. De acordo com dados apurados pela polícia, Nailton estava espancando o irmão de Carlos, chamado Gilmar. Carlos tentou ajudar o irmão e foi morto com golpes de faca. “Fui me defender, pularam em cima de mim”, justificou Naia, sem demonstrar arrependimento.
O delegado Hertel Rehbein, titular do 8.º Distrito, informou que Nailton tem mandado de prisão expedido pela 10.ª Vara e possui antecedentes criminais. “Ele é apontado como autor de outro latrocínio, de lesões corporais e crimes contra o patrimônio”, argumentou o delegado. “Acusarem-me das mortes tudo bem, que matei mesmo. Mas não tenho nada a ver com roubo nem furto”, garantiu Nailton.