O cachorro de estimação “Costelinha”, companheiro de um idoso de 64 anos, tentou acordá-lo a todo custo e não conseguiu, mas permaneceu ao lado do dono.
José Gonçalves dos Santos foi morto durante a madrugada desta sexta-feira (15) dentro de casa, na Rua Job de Barros, no bairro Santa Luiza, em Quatro Barras. O corpo do homem foi encontrado pela ex-mulher. A família suspeita de um assalto.
Logo ao amanhecer, a ex-mulher de José estranhou que o homem não tinha acordado e foi ver se estava tudo bem. “Ela entrou e o encontrou morto na cama, com a cabeça toda machucada”, contou uma tia do homem, que não quis se identificar.
Sem saber o que tinha acontecido, os familiares contaram que começaram a procurar os objetos da casa para ver se estava tudo no local e deram falta de um único aparelho. “Por incrível que pareça, levaram uma televisão de 14 polegadas que quase nem funcionava direito. O mataram por causa de uma televisão”, lamentou a tia.
A partir de então, a família começou a acreditar em um latrocínio (roubo seguido de morte). “Ele não tinha inimigos e era um homem bondoso com todos. É impossível que tenham o matado por outro motivo”.
Segundo os familiares, José Gonçalves, que já era aposentado, morava sozinho na casa com o cachorro de estimação. “Além do Costelinha, a única companhia era a ex-mulher, que mora no mesmo terreno, na casa de trás”, contou a tia do homem.
Na manhã de hoje, quando o homem foi encontrado morto, o companheiro que ficava em casa estava ao lado. “O cachorro não saiu de perto e agia como se quisesse tentar acordar o dono. Depois que o corpo foi recolhido e retirado da casa, ele foi para o jardim e ficou encolhido como se estivesse triste”, disse um amigo da família.
José era uma pessoa que não incomodava os vizinhos e familiares e costumava ficar em casa. Quando podia, gostava de frequentar o bar na vizinhança. “Ele bebia a pinguinha dele, mas nada exagerado e nunca brigou com ninguém no bar”, confessou a tia do homem.
De acordo com os familiares, uma denúncia anônima foi feita sobre a suspeita de quem poderia ser o autor da morte de José, mas a informação foi mantida em segredo tanto pela família, quanto pela polícia. Policiais da Delegacia de Quatro Barras investigam o crime.