A candidata à prefeitura de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Geraldina Cecília Cartário Ribeiro, conhecida como Tuca Cartário, de 40 anos, foi baleada na noite do último domingo.
Ontem pela manhã, ela passou por uma cirurgia para a retirada de uma bala que se alojou em seu ombro, mas já está bem. Tuca é filha do deputado Geraldo Cartário, do PDT, e concorre à prefeitura pelo mesmo partido.
De acordo com informações de colegas de partido da candidata, Tuca tinha acabado de sair de uma reunião política no Jardim Veneza, em Fazenda, por volta das 22h, em seu Uno Mille, quando o carro foi “fechado” por uma caminhonete.
Na carroceria da caminhonete havia uma pessoa deitada, que se levantou rapidamente e deu dois tiros em direção a Tuca. Um dos disparos acertou seu ombro. Ela estava no banco de trás e seu motorista – e também segurança – dirigia o carro.
Depois do primeiro disparo, o segurança reagiu com sua arma e houve troca de tiros. No banco do passageiro estava uma das assessoras de Tuca. Os dois colegas de trabalho da candidata não foram atingidos. No mesmo momento da reação, o motorista conseguiu dar marcha ré e fugir do local.
Até agora não se sabe o motivo do crime, mas a hipótese de um atentado político não é descartada pela polícia e muito menos pelos colegas de partido. Antônio Carlos Hollanda, que trabalha com Tuca no diretório municipal do PDT e é candidato a vereador em Fazenda Rio Grande, acredita que o crime teve motivações políticas.
“Tudo indica que sim. Porque iriam fazer isso? Aparentemente, os criminosos sabiam muito bem o que estavam fazendo, sabiam até onde ela sentava no carro. Sem falar que assessores e pessoas ligadas a ela vinham recebendo ligações com ameaças”, disse Hollanda.
O deputado Geraldo Cartário, pai de Tuca, preferiu não falar em crime político. “Não sabemos o que pode ter ocorrido, estamos aguardando o desfecho das investigações”, afirmou o deputado.
Ontem, o secretário estadual de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, determinou que toda a estrutura do Comando de Operações Policiais Especiais (Cope) e equipes do serviço de inteligência da Polícia Militar (PM) investigassem o caso. Mas até o início da noite de ontem, ninguém havia sido identificado.
O Ministério Público também apóia a investigação, segundo Delazari, que não descarta a atuação da Polícia Federal (PF) no caso, se for necessário. O diretório estadual do PDT informou que não deve se pronunciar sobre o caso, pois trata-se de uma questão de polícia.
Outro caso
Na semana passada, outro caso levantou suspeitas de atentado político. Dois homens armados invadiram uma reunião do PSB em Campina Grande do Sul, também na Região Metropolitana, e tentaram atirar no candidato Luiz Carlos Assunção.
Ele pulou a janela no momento do tiroteio e machucou a bacia. Segundo Delazari, este caso já foi desvendado e chegou-se à conclusão de que não houve implicações políticas.