O caminhoneiro Gerson Alves Valladão, 38 anos, dormiu com a filha de seis anos no Posto Represa, junto à represa do Capivari, e retomou ontem de manhã a viagem rumo à capital paulista. Vinte quilômetros adiante, capotou o Scania que dirigia e morreu prensado entre as ferragens, ao lado da criança. A tragédia ocorreu no quilômetro 28 da BR-116, na localidade de Ribeirão Grande, Campina Grande do Sul, às 8h20 de ontem.
Gérson era motorista do Scania T-112, placa BWE-7458, de São Paulo, carregada de aglomerados de madeira. O percurso foi drasticamente interrompido ao final de uma longa curva em declive. O caminhão tombou, arrastou-se 41 metros e, no impacto com a mureta de proteção da curva e da ponte sobre o Ribeirão Grande, a cabina foi esmagada. Os motorista e a filha Paloma da Costa Valladão, 6 anos, morreram na hora.
Perigo
O acidente ocorreu num dos pontos mais perigosos da rodovia Régis Bittencourt. “Entre os quilômetros 33 e 22 há muitas curvas, descidas e subidas. É o trecho mais crítico no sentido Curitiba-São Paulo”, disse Marcelo Cidade Vieira, supervisor operacional da Polícia Rodoviária Federal. Segundo ele, nenhum outro veículo envolveu-se no acidente. “É possível que tenha havido falha mecânica”, afirmou.
Havia suspeita de que outras duas pessoas tivessem morrido no acidente, o que não foi confirmado. Uma equipe de resgate da PRF utilizou guincho para içar o caminhão Å que estava suspenso sobre a ponte Å e facilitar a retirada dos corpos. A causa do capotamento será determinada após conclusão do laudo da Polícia Científica.