Sobrou para o motorista.

Quando transportava três mil litros de álcool etílico hidratado, no caminhão Volvo, placa AGW-3807, de Cascavel, (Pr), o motorista Vanderlei Uler, 33 anos, foi preso na manhã ontem por policiais da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas. O delegado Agenor Salgado informou que o combustível é adulterado e a nota fiscal falsa. “Por este motivo autuamos o motorista em flagrante, por uso de documento falso e estelionato”, disse o policial.

Salgado relatou que o motorista trafegava pela BR-376, sentido Santa Catarina, quando foi parado no posto de fiscalização da Receita Estadual em Tijucas do Sul, às 10h de ontem. Os fiscais multaram o motorista em R$ 8.668,00, por encontrarem irregularidades. O dinheiro foi depositado pelo proprietário do caminhão na conta corrente do governo do Estado. Suspeitando da procedência da nota fiscal e do combustível, os funcionários da Receita avisaram a Delegacia de Estelionato.

Prisão

Ao ser indagado pelos policiais, Vanderlei informou que a carga havia sido carregada em Paulínia, interior de São Paulo, e o destino seriam postos de combustíveis do interior de Santa Catarina. “A nota é da Pérola Distribuidora de Petróleo. Entramos em contato com a empresa, que garantiu não ter fornecido a carga para o caminhoneiro e nem carregado a carreta. Inclusive eles nos mandaram as notas fiscais com os mesmos números fornecidos para outra empresa. A distribuidora disse ainda que não fornece combustível para o Sul do País”, argumentou o delegado. Ele disse que todos os motoristas que fazem carregamento na distribuidora são cadastrados e o nome de Vanderlei não consta na lista. “Diante das evidências prendemos o motorista e o autuamos”, salientou Salgado.

Ele disse que as investigações continuam para apurar a procedência da carga e o nome dos responsáveis pela falsificação da nota fiscal. “Não é possível comprar produtos de uma empresa e a nota fiscal sair em nome de outra”, frisou o policial.

Negativa

Em seu depoimento à polícia, o motorista alegou que trabalha para a empresa de transportes Apiúna, situada no município catarinense do mesmo nome. Ele disse que sempre transporta cargas de combustível de São Paulo para Santa Catarina. Vanderlei afirmou que não tem conhecimento de que as notas e o combustível sejam adulterados.

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