O bom tempo e o sol forte no litoral têm motivado os veranistas a lotar as praias paranaenses neste final de ano. Embora seja uma boa notícia para os freqüentadores e comerciantes, significa trabalho dobrado para os bombeiros.

continua após a publicidade

Comparado ao ano passado, que foi mais chuvoso, o número de ocorrências (advertências, salvamentos e afogamentos) é bem mais elevado. A grande quantidade de pessoas se refrescando nas águas aumenta as chances de tragédias, como a que aconteceu na tarde de ontem, quando um adolescente morreu afogado na Baía de Paranaguá.

De acordo com o tenente Leonardo Mendes dos Santos, do Corpo de Bombeiros, uma das explicações para o aumento de ocorrências é o bom tempo. “Isso favorece o banho de mar e os números sobem. O ano passado foi mais chuvoso e havia pouca gente nas águas”, informou.

O tenente lembrou que o índice de ocorrências quase dobrou, se comparado à mesma época do ano passado. E a previsão é que o movimento seja ainda maior na virada do ano.

continua após a publicidade

“Normalmente as pessoas que já desceram para o litoral permanecem por lá e ainda tem aqueles que vão só para o réveillon”, lembrou Leonardo. “Estamos com a média de 40 a 50 ocorrência diárias. No feriado de Ano Novo deverão ser mais de 100 por dia”, acrescentou.

Afogamento

continua após a publicidade

Por volta das 16h de ontem, José de Souza Paiva, de 16 anos, morreu afogado enquanto nadava com amigos na Baía de Paranaguá, próximo a um mangue, no bairro Beira-Rio.

O garoto afundou ao tentar fazer a travessia até uma ilha próxima e não foi mais visto. Os bombeiros foram chamados e localizaram o corpo do garoto quase duas horas depois.

Esta foi a segunda morte por afogamento desde o início da Operação Verão, lançada no dia 19 deste mês. A primeira vítima foi o pescador Ademir Gonçalves, 48, que caiu no mar após o leme de sua embarcação ter se quebrado, também na Baía de Paranaguá. Já foram registrados 253 salvamentos e cerca de 20 mil advertências.

Na temporada passada, foram 17 mortes por afogamento. De acordo com o tenente Leonardo, 14 delas aconteceram em locais não protegidos por guarda-vidas ou em horário impróprio para banho.