Cajuru registra 10 homicídios desde o início do ano

Com a morte de Renata Lorrany Pires, 18 anos, na noite de terça-feira, saltou para dez o número de homicídios registrados no Cajuru, desde o início do ano. Nenhum até agora pode ser considerado resolvido pela polícia.

A garota foi encontrada morta a tiros no corredor de acesso a uma residência, na Rua Estevan Ribeiro de Souza Neto, nas Moradias Cajuru. Por volta de meia-noite, a dona da casa chegava do trabalho e tropeçou no corpo da garota. Assustada, gritou por socorro e foi acudida pelos vizinhos, que chamaram a polícia. Os moradores disseram não ter ouvido os tiros que mataram a garota.

Escolha

O irmão de Renata contou que a família mora no Uberaba e que a jovem havia saído de casa para viver na rua. Segundo ele, ela era usuária de drogas e vivia perambulando pelo Cajuru, onde tinha conhecidos que lhe forneciam os entorpecentes.

Na Delegacia de Homicídios (DH), o superintendente Dilso Morgerot disse que nenhuma informação relevante que ajude nas investigações foi repassada no local. ?Estamos trabalhando, mas como o Cajuru é um local onde estes crimes acontecem com freqüência, a população tem medo de se envolver e sofrer represálias depois?, contou.

Delegacia diz que solução é difícil

O Cajuru, há bastante tempo, é considerado um dos bairros mais violentos de Curitiba, mas, nos últimos dias, uma série de assassinatos tem colocado a ?fama? em evidência. Somente na último fim de semana três pessoas morreram, uma delas, o adolescente Thiago Henrique Pereira, 15 anos, a algumas quadras de onde Renata foi encontrada morta.

O superintendente Dilso Morgerot, da DH, disse que até agora, dos dez casos registrados em 2008, nenhum foi resolvido e ninguém foi preso. ?Estamos investigando. Alguns casos já estão mais avançados e devemos solicitar algumas prisões nos próximos dias?, garantiu. Segundo ele, existe algumas informações que relacionam os casos, não só pela proximidade, mas pela forma como aconteceram e por pessoas de contato comum entre as vítimas. ?Às vezes, temos mais dificuldades em chegar até o assassino que praticou vários crimes, que aquele que matou pela primeira vez?, completou.

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