Mesmo com a transferência emergencial de 38 presos da delegacia de Pinhais, o xadrez continua um barril de pólvora pronto para explodir. Dois dias depois da rebelião motivada pela superlotação, outros dez homens foram presos no município e levados ao xadrez que está parcialmente interditado.
Na motim ocorrido na manhã de segunda-feira, 38 dos 65 presos destruíram as duas celas da ala B, revoltados com a lotação na carceragem. Na ocasião, um plantonista foi rendido e solto apenas quando os detentos tiveram a certeza que seriam transferidos. Vinte deles foram levados ao Centro de Triagem, em Piraquara, e os demais a delegacias da Região Metropolitana de Curitiba. Os outros 27 permaneceram nas duas celas da ala A, que possuem capacidade para 12 homens.
Desde a transferência até a manhã de ontem, outros dez homens foram presos no município e recolhidos no xadrez. "Estão todos amontoados na ala A, pois as outras duas celas estão interditadas para reformas. Não é por causa disso que vou deixar criminosos soltos", disse o delegado Gerson Machado.
Presos
Destes dez homens, quatro foram presos por policiais do 17.º Batalhão de Polícia Militar, ao serem abordados com várias peças de um carro roubado. Na noite de quarta-feira Adriano Eduardo Mesquita, 27 anos, e Agnaldo José Fernandes, 20, furtaram o Voyage placa AAS-7332, na Praça Rui Barbosa. A dupla levou o veículo para um matagal em Pinhais e o "depenou" com a ajuda de Ariovaldo Aparecido Fernandes, 19 – irmão de Agnaldo – e de Fernando Rodrigues, 22. Quando seguiam com a peças para o Jardim Holandês, em Piraquara, o quarteto foi abordado pelos PMs, e autuado em flagrante.
No mesmo dia os policiais militares também prenderam Leandro de Souza e Rodrigo Nunes Salin, apanhados com aparelhos de som furtados de uma igreja evangélica do município. Já ontem, Edmir Rodrigues Muniz foi preso por furto e arrombamento e outros três indivíduos foram presos por furto. "A carceragem já está lotada e dentro de pouco tempo vai ficar ainda pior", alertou o delegado.
