Cadeia para quadrilha de desvio de cargas

Treze pessoas foram presas na manhã de ontem em Curitiba, Araucária e Pinhais, na Operação Perfídia, da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC).

Foram apreendidos pacotes de cigarros, R$ 13.359, cheques, televisores de plasma e computadores. Os detidos são suspeitos de integrar uma quadrilha que desviou cargas de cigarros, avaliadas em mais de R$ 1,7 milhão.

De acordo com a polícia, o esquema era comandado pelo casal Jeferson Galvão e Daniele dos Santos, que foram presos em casa, no Capão da Imbuia, e Jeferson Molari, ex-funcionário de uma distribuidora, detido em sua residência, na Vila Fani.

O delegado Marcus Vinícius Michelotto relatou que Molari facilitou a ação do bando. “Ele sabia as rotas de distribuição e tinha o contato dos vendedores. Fazia a ponte entre funcionários, membros da quadrilha e, por último, com os receptadores”, explicou o delegado.

Receptadores

Também foram presos Jiahui Du, dono de lanchonetes no centro de Curitiba, José da Cruz Araújo e Agnaldo Luiz Gomes, proprietário de um mercado no Sítio Cercado. Os três são apontados como principais receptadores das cargas.

Na distribuidora, a polícia prendeu os motoristas Deusnei de Oliveira, Donato Manoel Hostin, Roberto Carlos Gregório, Carlos Eduardo dos Santos, Arlington Ávila de Andrade e Márcio Felipe de Morais Silva. Eles são acusados de colaborarem com o esquema, forjando assaltos para desviar as cargas.

“Os motoristas recebiam metade do valor recebido pela carga para entregá-la em um local determinado pelos líderes do grupo e, em seguida, comparecer à delegacia para prestar queixa de roubo”, explicou Michelotto.

Segundo o delegado, os motoristas que não concordavam em participar do esquema, eram roubados de verdade. “O bando já havia perdido noção do risco e a cada dia envolvia mais pessoas na ação criminosa”, explicou o delegado.

A delegacia investiga se existem mais pessoas envolvidas e apura o prejuízo causado pelo grupo. Os donos dos estabelecimentos comerciais vão responder por receptação e os funcionários da distribuidora, por apropriação indébita.

Aliocha Maurício
Empresa tomou prejuízo de R$ 1,7 milhão.
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