A Comissão de Direitos Humanos da subseção Maringá da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vistoriou ontem o Centro de Detenção Provisória (CDP) do município.

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Na segunda-feira, os 897 presos realizaram uma rebelião exigindo que haja um espaço para visitas íntimas, colocação de televisões nas celas e aumento do tempo para banho de sol. A rebelião iniciou por volta das 16h30 e encerrou perto das 21h.

De acordo com o presidente da OAB Maringá, César Moreno, a situação no local ontem à tarde já estava sob controle. “Os familiares dos detentos pediram nossa presença para verificar a situação no local. O diretor do CDP, Aclinio José do Amaral, nos recebeu e mostrou que realmente já não havia mais indícios de problemas. Os detentos estavam recolhidos e verificamos que aproximadamente 30 celas foram danificadas com a rebelião”, informa.

O presidente da OAB Maringá diz também que o diretor do CDP acertou um compromisso de concluir o espaço para visitas íntimas até julho e soltar uma lista com os feridos na rebelião.

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Segundo Moreno, ainda não há um número exato da quantidade de feridos, mas estima-se que essa soma possa chegar a 20 presos. “Não houve nenhum óbito nesse episódio. Apenas dois detentos tiveram ferimentos mais graves, mas eles foram prontamente atendidos e não correm risco de morte”, garante.

As visitas familiares estão temporariamente suspensas, contudo há uma possibilidade de normalizar até o final dessa semana. “Quanto a isso, ainda não há uma garantia de que ocorra, mas existe o compromisso de que o possível será feito para normalizar essa situação.”

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O presidente da OAB Maringá alertou para o fato de que mais de 600 detentos estão condenados definitivamente, ou seja, deveriam ser enviados para presídios. “Apesar de não haver superlotação no CDP (o local tem capacidade para abrigar 960 presos), a grande maioria não poderia estar mais ali. Esperamos que essa situação seja resolvida em breve”, diz.

O coordenador-geral do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), Cezinando Vieira Paredes, diz que as celas passaram por uma revista geral para retirar eventuais armas.

“Toda a ação para conter o tumulto foi rápida. Contamos ainda com o apoio da Polícia Militar para dar suporte aos nossos trabalhos. Dentro do possível, vamos tentar resolver as questões que levaram a ocorrer a rebelião”, encerra.