Cadáver embaixo do assoalho

O mau cheiro vindo de um galpão desativado chamou a atenção de funcionários de uma empresa de construção viária que, ao verificar a situação, depararam com um cadáver no subsolo, no final da manhã de ontem. O corpo estava em decomposição e por esse motivo não foi possível identificar perfurações causadas por arma de fogo ou branca. O detalhe que chamou a atenção dos policiais militares do Regimento da Polícia Montada (RPMont) e da Companhia de Choque (Rone), que atenderam a ocorrência, é que, ao lado do corpo, estava um revólver calibre 38.

De acordo com a Polícia Científica, a vítima não portava documentos e estaria no local há cerca de uma semana. Foi comentada a possibilidade de o desconhecido ter entrado no terreno da empresa com a intenção de se esconder e, devido aos ferimentos, não teve forças para sair e acabou morrendo. Segundo o tenente Baran, o corpo estava embaixo do assoalho, numa fenda, e uma das vigas estava manchada com sangue. A arma localizada estava carregada com seis cartuchos.

Tiros

O galpão abandonado fica nos fundos da empresa de construção, situada na Rua Coronel Francisco de Paula Moura Brito, Bacacheri. Há poucas quadras dali, no cruzamento da BR-476 com Rua Fagundes Varella, no último dia 12 de abril, aconteceu um tiroteio envolvendo marginais e policiais da Rone. Após colidir o Vectra placa CWK-9126, que havia sido roubado, seis homens desceram do veículo e trocaram tiros com os PMs que os perseguiam. No tiroteio, morreu Emílio Martinez, 24 anos, e Natanael de Oliveira foi preso. No carro foram apreendidos dois coletes à prova de balas, munição de calibres 32 e 38, celular e três armas, sendo uma delas de brinquedo. Os outros quatro comparsas conseguiram fugir. De acordo com o capitão Sanson, da Rone, através do relato do detido, a intenção do grupo era arrebatar um preso na delegacia de Alto Maracanã. O preso a ser resgatado estaria envolvido com clonagem de veículos.

Devido a proximidade entre os locais (tiroteio e achado de cadáver) cogitou-se a possibilidade de que a vítima encontrada no galpão possa ser um dos quatro fugitivos que foi baleado. A arma encontrada ao lado do corpo reforça essa hipótese. O cadáver foi encaminhado ao IML onde aguarda identificação.

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