A professora de música Heila Gilda Wall Epp, 60 anos, foi assassinada por sufocamento e os assaltantes que a seqüestraram levaram seu violino, fabricado há 20 anos com exclusividade. Os criminosos roubaram também documentos pessoais e cartões bancários, bem como o extintor de incêndio e o estepe do carro dela, o Santana Quantum placa BAB-0099. A informação é do delegado Rubens Recalcatti, titular da Delegacia de Furtos e Roubos, que investiga o caso. Ele acredita que a mulher tentou reagir e gritar, por isso teve a boca tapada pelos bandidos, que acabaram matando-a.
A professora de música foi seqüestrada quando chegava em casa, na Rua Engenheiro Carlos Weztermann, Jardim Social, às 20h de sexta-feira. Não havia energia elétrica no bairro e assim que desembarcou do veículo, foi abordada por um indivíduo, descrito por testemunhas como franzino, aparentando ser menor de idade, de cor clara, que usava jaqueta branca e boné. O sujeito saiu de trás de uma árvore. Ele trocou algumas palavras com a mulher. Em seguida, chegaram outros dois suspeitos, de bicicleta e, após uma breve discussão, empurraram Heila para dentro do automóvel e deixaram o local em alta velocidade. Vizinhos que viram a cena acionaram a Polícia Militar. De lá, os marginais seguiram para Pinhais.
O delegado acredita que no caminho Heila esboçou alguma reação, o que fez com que os marginais tapassem sua boca. Só que eles a deixaram sem ar. Percebendo que a mulher estava morta, os assaltantes entraram por uma ciclovia, ao lado de um rio, que limita os municípios de Pinhais e Piraquara, e dá acesso à Rua Rio Cubatão, no Jardim Weisópolis. Ali abandonaram o corpo da professora, às margens da rua. Na seqüência, retornaram pelo mesmo caminho até a Avenida Iraí e seguiram para a Vila Nova, próxima ao Jardim Holandês, onde abandonaram o carro, sem o estepe e o extintor. O veículo foi localizado pela Polícia Militar às 21h30. Somente às 7h20 do dia seguinte, um morador do Jardim Weisópolis viu o corpo e acionou a polícia.
A sandália da mulher estava a três metros do corpo e sua blusa estava aberta, mas não havia sangue nem lesão aparente que pudesse terminar a causa da morte, que foi identificada no exame de necropsia, no Instituto Médico-Legal.
O delegado Rubens Recalcatti ainda não tem pistas dos marginais, mas pela localização do carro acredita que eles residam na Vila Nova ou no Jardim Holandês, em Piraquara.
