Moreno-claro, magro, cabelos curtos e encaracolados, aparentando 25 anos e 1,65 de altura. Este é o homem descrito por testemunhas como sendo o autor do tiro que matou o operador de máquinas Getúlio Gonçalves Lins, 39 anos.
O delegado Rubens Recalcatti, titular da Delegacia de Furtos e Roubos, informou que já ouviu várias testemunhas e que está investigando o caso, mas ressaltou que é cedo para divulgar o que foi apurado. “Ainda estamos na fase de investigação. Estamos fazendo levantamentos e contamos com a ajuda da população”.
Bala perdida
Getúlio saiu da indústria cervejeira onde trabalhava, por volta das 15h, com destino ao Terminal Guadalupe, no centro de Curitiba, para pegar um ônibus e ir para casa. Ele andava tranqüilamente pela Rua João Negrão, quando foi alvejado por uma bala perdida e caiu morto na calçada, em frente a agência bancária Itaú, entre as ruas Visconde de Guarapuava e Sete de Setembro. O tiro, disparado por um assaltante, era destinado a um motoboy, que iria realizar um depósito no banco, mas antes de entrar na agência foi abordado pelo marginal. Os segundos que o motoboy demorou para perceber que se tratava de um roubo e o gesto brusco que fez para entregar a pasta, assustou o bandido, que sacou a arma e puxou o gatilho. O motoboy conseguiu se esquivar da bala, que atingiu o trabalhador.
Vítima saía do trabalho
Getúlio Gonçalves Lins, 38 anos, era considerado funcionário exemplar da companhia cervejeira Ambev. Ele se preparava para disputar a final do campeonato interno de futebol da indústria, da qual era empregado há cerca de 8 anos.
Quando foi baleado, Getúlio acabara de largar o serviço e voltava para casa, em Colombo. Ele morava com a mãe, a esposa Erondina Gonçalves Lins e os filhos Diego, 8 anos, e Lucas, 4.
Segundo o irmão, Antônio de Oliveira Lins, 43, a família ainda está muito abalada. “A vida dele era o trabalho, a família e o futebol”, falou.