Investigações realizadas pelo 12.º Distrito Policial de Curitiba, em parceria com o 2.º DP, poderão levar à prisão de dois indivíduos que há tempos estão praticando assaltos contra pessoas que saem de agências bancárias, levando razoáveis quantias em dinheiro. A polícia já tem o nome de um dos envolvidos, o apelido de outro e já prendeu um terceiro indivíduo que dava cobertura à dupla, usando um carro roubado. Trata-se de Luiz Carlos Leandro Sobrinho, 45 anos, morador em Pinhais, que tem antecedentes por receptação e estelionato.
Luiz Carlos comprou há algumas semanas, por R$ 3 mil, um Golf roubado no centro de Curitiba e que teve a placa trocada pela de outro carro de mesmo modelo e cor. A placa foi furtada no interior do estacionamento do Shopping Estação. “Eu sabia que o carro era um clone e comecei a usá-lo por minha conta e risco”, afirmou Luiz, que terminou preso no início da semana, ao levar a filha até uma danceteria no Rebouças.
Roubo
Além de receptar o automóvel, Luiz Carlos também passou a dar cobertura aos indivíduos conhecidos como “Polaco” e Alexandre Gonçalves, autores de assaltos contra clientes de agências bancárias. Os dois se revezam como olheiros dentro dos bancos, procurando correntistas que fazem saques de maior valor. Seguem a vítima e, no momento propício, praticam o assalto. “Eu só os acompanhei em um roubo e emprestei o carro para que fizessem outro”, assegurou o preso.
Segundo Luiz Carlos, ele participou do assalto ocorrido no dia 18 de outubro, em frente a Caixa Econômica Federal, agência situada na Avenida Toaldo Túlio. Uma mulher sacou o dinheiro da caderneta de poupança para pagar um consórcio e, ao sair à rua, foi abordada pelos dois ladrões que lhe tomaram a bolsa. A vítima conseguiu anotar a placa do Golf usado para a fuga e informou a polícia.
A partir de então, o carro passou a ser procurado pela cidade. Através da placa, os policiais descobriram o proprietário do carro original, que provou através de um boletim de ocorrência que a placa do seu automóvel havia sido furtada. Ele inclusive exibiu várias multas que estava recebendo, pois as infrações que eram cometidas por Luiz Carlos estavam sendo remetidas para ele.
Vacilo
Luiz Carlos também sabia que o seu carro clonado já estava “queimado” e, ultimamente, tomava cuidado para sair pelas ruas. No entanto, como sua filha pediu que a levasse até uma danceteria, no início da semana, achou que não correria risco se fosse com o Golf, por ser tarde da noite. Mas ao parar em frente ao estabelecimento, policiais que faziam rondas pelas imediações notaram o automóvel e confirmaram se tratar do “clone”. Ao sair da boate para apanhar o carro, foi preso e levado para o 2.º DP. “Eu vacilei e agora vou ter que pagar pelo que fiz”, disse o criminoso, lamentando também o fato de ter se envolvido com assaltantes.