Apontado como autor do assassinato de um comerciante, em Maringá, Gilson Soares, 25 anos, está sendo caçado pela polícia. Ele está com mandado de prisão decretado e foragido desde a época do crime.
Ontem pela manhã, amigos e parentes da vítima fizeram uma passeata clamando por justiça, que reuniu cerca de 350 pessoas. Os comerciantes fecharam as portas, como forma de protesto.
De acordo com as investigações policiais, no final da noite do dia 15 de janeiro, três rapazes, entre eles Gilson, foram até a lanchonete do comerciante Narciso Camagno Neto, conhecido como ?Gordo?, 44 anos, situada no Jardim Alvorada, e beberam algumas cervejas.
O trio saiu sem pagar a conta. Como eram conhecidos do proprietário do bar, ele não deu importância e comentou que a conta seria acertada posteriormente. Horas depois, os três rapazes retornaram e começaram a beber novamente. Eles também pediram uma porção de batatas fritas e começaram a derramar na mesa catchup e maionese, propositadamente. Narciso chamou a atenção dos clientes e advertiu que se continuassem iria ter que cobrar pelo prejuízo. Pouco depois, Gilson deixou o estabelecimento acompanhado de um comparsa e outro rapaz permaneceu no local.
A dupla foi até um posto de combustível, onde Gilson teria apanhado uma arma.
Em seguida, retornou a lanchonete sozinho. Quando entrou, o comerciante estava de costas. Com o revólver na mão, disse para o comerciante: ?Vai cobrar pela maionese?? Antes mesmo de Narciso responder, o rapaz descarregou a arma. Ao todo foram seis disparos. Quatro deles acertaram as costas, um o ombro e outro o braço. Sem chance de defesa, o comerciante tombou morto na frente de aproximadamente cem clientes. Vendo a cena, o filho da vítima, Rogério Camagno, saiu correndo atrás de Gilson, que efetuou outro disparo, acertando a barriga de Rogério. O caso teve grande repercussão na cidade.
O delegado Paulo Roberto Filho, do 3.º Distrito Policial de Maringá, informou que dois dias depois do crime a Justiça decretou a prisão de Gilson, que está foragido deste então. Um dos colegas do rapaz chegou a ter a prisão temporária decretada, que foi relaxada. ?Concluímos que foi uma ação isolada do Gilson. Ouvimos os dois colegas dele e não há indícios que eles estejam envolvidos com o crime?, salientou o delegado. Paulo solicitou às pessoas que souberem do paradeiro de Gilson que entrem em contato com o 3.º Distrito através do telefone (44) 3267-52243 ou a delegacia mais próxima. ?A prisão dele é uma questão de tempo?, afirmou o policial.