Foto: Alberto Melnechuky
Marcas da violência estavam em toda parte.

Marcas de sangue e de luta dentro de um salão de cabeleireiro, no Alto Boqueirão, mostravam a forma cruel como o proprietário João Batista Duarte, 61 anos, foi assassinado no início da noite de terça-feira, por assaltantes. O veículo do cabeleireiro, o Escort prata placa AAB-4790, e duas televisões – uma da casa e outra do salão – foram levados pelos assaltantes.

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João foi encontrado por seu irmão, que insistentemente passou o dia telefonando para o salão e não obteve resposta. Assim, decidiu, no final do dia, ir até o salão.

Ao chegar, encontrou a porta da casa anexa ao salão aberta, marcas de sangue espalhadas por chão e paredes, e o corpo de João Batista no banheiro da residência.

Segundo vizinhos, no início da noite de terça-feira, dois homens foram vistos parados em frente ao salão de João Batista, na Rua Francisco Derosso. Logo em seguida, vizinhos observaram a porta abaixada, e os dois homens haviam sumido. Pouco mais tarde, a dupla foi vista empurrando o carro do cabeleireiro pela rua.

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O automóvel foi encontrado horas depois pela polícia, nas proximidades, com marcas

de sangue no interior. Porém, como não possuía queixa de furto, o Escort foi recolhido ao pátio do Detran por abandono. Os dois televisores não foram localizados.

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Os vizinhos relataram que não ouviram nada de anormal na noite do crime.

De acordo com o perito Silvestre, do Instituto de Criminalística, João Batista levou duas facadas no pescoço. A vítima ainda teve o rosto desfigurado, com diversos ossos fraturados na face, devido a pauladas. Muitas coisas quebradas indicavam sinais de luta. ?Ele era uma pessoa muito correta e também não aceitava coisas erradas.

Se é que o conhecemos bem, ele certamente reagiu ao assalto?, contou Josiane Duarte, nora da vítima, que ainda explicou que o cabeleireiro mantinha o salão há seis anos.

A polícia tem poucas pistas sobre os assaltantes. Inicialmente o crime foi atendido pela Delegacia de Homicídios (DH). Porém, ao constatarem que se tratava de um latrocínio (roubo com morte), os investigadores da DH acionaram a Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) para seguir com as investigações.

De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, titular da DFR, nos próximos dias, testemunhas e familiares serão ouvidos para prestar informações que possam auxiliar a polícia na elucidação do crime.

Segundo caso em novembro

Clewerson Bregenski

Esse foi o segundo caso de latrocínio registrado em Curitiba em novembro. O outro ocorreu na noite de 12 (domingo) e resultou na morte do aposentado João de Andrade, 72 anos. Três indivíduos aproveitaram o momento em que o aposentado se despedia do seu filho e da nora, em frente à sua casa, na Rua Dona Branca do Nascimento Miranda, Pilarzinho. Os marginais deram voz de assalto e João, com a intenção de proteger seus netos, fez um movimento brusco e foi baleado mortalmente.

De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, as investigações prosseguem na tentativa de identificar e prender os envolvidos. Dos três participantes, um deles foi reconhecido e está com a prisão preventiva decretada.