Marcas de sangue e de luta dentro de um salão de cabeleireiro, no Alto Boqueirão, mostravam a forma cruel como o proprietário João Batista Duarte, 61 anos, foi assassinado no início da noite de terça-feira, por assaltantes. O veículo do cabeleireiro, o Escort prata placa AAB-4790, e duas televisões – uma da casa e outra do salão – foram levados pelos assaltantes.
João foi encontrado por seu irmão, que insistentemente passou o dia telefonando para o salão e não obteve resposta. Assim, decidiu, no final do dia, ir até o salão.
Ao chegar, encontrou a porta da casa anexa ao salão aberta, marcas de sangue espalhadas por chão e paredes, e o corpo de João Batista no banheiro da residência.
Segundo vizinhos, no início da noite de terça-feira, dois homens foram vistos parados em frente ao salão de João Batista, na Rua Francisco Derosso. Logo em seguida, vizinhos observaram a porta abaixada, e os dois homens haviam sumido. Pouco mais tarde, a dupla foi vista empurrando o carro do cabeleireiro pela rua.
O automóvel foi encontrado horas depois pela polícia, nas proximidades, com marcas
de sangue no interior. Porém, como não possuía queixa de furto, o Escort foi recolhido ao pátio do Detran por abandono. Os dois televisores não foram localizados.
Os vizinhos relataram que não ouviram nada de anormal na noite do crime.
De acordo com o perito Silvestre, do Instituto de Criminalística, João Batista levou duas facadas no pescoço. A vítima ainda teve o rosto desfigurado, com diversos ossos fraturados na face, devido a pauladas. Muitas coisas quebradas indicavam sinais de luta. ?Ele era uma pessoa muito correta e também não aceitava coisas erradas.
Se é que o conhecemos bem, ele certamente reagiu ao assalto?, contou Josiane Duarte, nora da vítima, que ainda explicou que o cabeleireiro mantinha o salão há seis anos.
A polícia tem poucas pistas sobre os assaltantes. Inicialmente o crime foi atendido pela Delegacia de Homicídios (DH). Porém, ao constatarem que se tratava de um latrocínio (roubo com morte), os investigadores da DH acionaram a Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) para seguir com as investigações.
De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, titular da DFR, nos próximos dias, testemunhas e familiares serão ouvidos para prestar informações que possam auxiliar a polícia na elucidação do crime.
Segundo caso em novembro
Clewerson Bregenski
Esse foi o segundo caso de latrocínio registrado em Curitiba em novembro. O outro ocorreu na noite de 12 (domingo) e resultou na morte do aposentado João de Andrade, 72 anos. Três indivíduos aproveitaram o momento em que o aposentado se despedia do seu filho e da nora, em frente à sua casa, na Rua Dona Branca do Nascimento Miranda, Pilarzinho. Os marginais deram voz de assalto e João, com a intenção de proteger seus netos, fez um movimento brusco e foi baleado mortalmente.
De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, as investigações prosseguem na tentativa de identificar e prender os envolvidos. Dos três participantes, um deles foi reconhecido e está com a prisão preventiva decretada.