Cabeleireiro assassinado com um chute na cabeça

Em plena Rua XV de Novembro, esquina com a Monsenhor Celso, centro de Curitiba, o cabeleireiro Oriovaldo Schimidt de Godoi, 37 anos, ou só Godoi como era conhecido pelos amigos e clientes, foi agredido por um homem e morreu às 4h de ontem. Há apenas a descrição superficial do assassino, mas provavelmente o crime tenha sido filmado pelas câmeras de monitoramento da Rua das Flores.

O funcionário de uma floricultura testemunhou o assassinato. Segundo relatou, Godoi foi agredido e um chute na cabeça teria matado o cabeleireiro. Avaliações preliminares apontam que ele teve o pescoço deslocado

quebrado com o golpe, mas isso só será confirmado com a necropsia. Depois da agressão, o assassino saiu do local sem levar o celular ou os documentos da vítima, o que descarta a hipótese de latrocínio.

Suspeito

Godoi estaria voltando para casa, na Rua Mariano Torres, centro, a pé. Não se sabe se ele já estava acompanhado do homicida ou se o encontrou naquela esquina. Para o cabo Edson e soldado Newton, do 12.º Batalhão da Polícia Militar, o assassino foi descrito como um homem moreno, encorpado, cabelo preto, aparentando entre 25 e 30 anos e 1,75 m. “Ele teria dito, antes de começar a agredir a vítima, “não mexa mais com minha mulher?”, relatou um dos policiais.

Essa afirmação pareceu estranha a Alzira Graciano de Macedo, chefe de Godoi no salão Graciano Estética, localizado na Rua Inácio Lustosa. “Ele era homossexual, tinha uma vida discreta e não se metia em confusão”, relatou. Segundo ela, Godoi tinha uma clientela grande e era muito respeitado. “Não sei o que aconteceu, mas esse caso tem que ter uma solução”, pediu.

Namoro

Outra amiga do cabeleireiro disse que o assassino pode ser um caso amoroso da vítima. Godoi contou a ela que se envolveu com um pedreiro e que eles tinham encontros esporádicos. “Pelo celular, acredito que a polícia conseguirá alguma pista”, disse, referindo-se ao telefone da vítima, que foi recolhido para perícia. O apartamento onde Godoi morava – sozinho -também deverá ser investigado. Para a amiga, a descrição do assassino dada pela testemunha é compatível com o namorado de quem Godoi falava.

Os investigadores Laertes e Fabri, da Delegacia de Homicídios, foram até o local onde o cabeleireiro foi morto. “Aquela área é monitorada por câmeras de vídeo, iremos solicitar a fita à Polícia Militar para ajudar nas investigações”, comentou Laertes.

Vídeo

O sargento Freitas, da Central de Monitoramento, esclareceu que as imagens não podem ser liberadas à divulgação sem autorização das autoridades competentes, que seriam a Justiça ou a Defesa Social municipal. Ele assistiu às imagens captadas quadro a quadro das 14 câmeras instaladas na Rua XV de Novembro, naquele horário, e as enviará à Delegacia de Homicídios para que possa orientar as investigações. Pelo que foi captado pelas camêras seria possível determinar com exatidão como ocorreu o crime e talvez identificar o assassino.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo