Crime solucionado

Bueno teria sustado cheque dado ao suspeito do crime e por isso foi morto

Policiais da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba confirmaram na manhã desta quinta-feira que prenderam o suspeito de assassinar do escritor e jornalista Wilson Bueno, de 61 anos. O jornalista foi encontrado morto em sua residência na última segunda-feira.

O acusado está sob custódia na carceragem da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) e segundo as investigações, o suspeito confessou o crime. Um cheque nominal, de R$ 130, encontrado próximo ao corpo do jornalista, teria sido o motivo do crime.

Coletiva

Em coletiva de imprensa realizada na tarde de hoje, o delegado responsável pelo caso, Silvan Rodney Pereira, confirmou a identidade do autor do crime. Cleverson Schmidt, 19 anos, era conhecido de Bueno, que havia o contratado para realizar um serviço de demolição, mas na hora do acerto houve um desentendimento e Bueno sustou o cheque, o que teria motivado o crime. “O acusado disse que Bueno havia lhe passado o cheque e depois sustado, mas não conseguimos confirmar com o banco essa informação. O suspeito estava usando o telefone da vítima e chamou um táxi para Fazenda Rio Grande, onde o prendemos. A empresa de táxi nos ajudou neste sentido”, disse. “Nunca perdemos a pista do suspeito e conseguimos encontrá-lo após muito trabalho. Agora ele será julgado e deve pegar uma pena pesada.”, completou.

O delegado agradeceu o empenho da polícia neste caso. “O empenho e dedicação da polícia em resolver este crime, que chamou muita atenção até pelo fato de a vítima ser conhecida, foram fundamentais. A dedicação possibilitou a prisão do assassino. A partir do cheque que tivemos a identificação”, ressaltou.

O primo de Wilson Bueno, Luiz, enalteceu as realizações do escritor e agora quer que a justiça seja feita. “Que pague pelo que cometeu. Eu vi o assassino. Um rapaz com olhar frio e de roupas simples. A justiça tem que ser feita”, disse.

O repórter Tiago Silva, da Rádio Banda B, que estava presente na coletiva, disse que Wilson Bueno e o acusado já se conheciam e que o celular e máquina fotográfica do jornalista continham fotos do autor do crime. Por isso Clewerson roubou os dois aparelhos, com medo de que as fotos o denunciassem.

Confissão

O autor do crime disse, em entrevista à Rádio Banda B, que além do serviço de demolição, o cheque seria para pagar um programa amoroso. “Nós nos conhecemos numa sauna e ele me contratou para fazer um programa amoroso e demolir uma casa que ficava em um terreno dele. Ele me deu um cheque de R$ 130. Quando já estava em Fazenda Rio Grande me ligou e disse para que voltasse e devolve-se o cheque”, contou Cleverson.

Quando o garoto chegou a residência de Bueno houve uma briga, em que Cleverson, com uma faca, golpeou o escritor no pescoço provocando hemorragia. “Ele não quis me pagar e ficou nervoso. Eu desci, peguei a faca e o matei”, confessou o rapaz.

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