Discussão, agressão e tiros dentro de um karaokê, na Avenida República Argentina, no Capão Raso, às 6h de ontem, resultou na morte de Maikon Arruda, 21 anos. Ele foi espancado e assassinado a tiros. Os autores do crime seriam três indivíduos, identificados como “Cabelo”, Nei e Wilton.

Testemunhas informaram que Maikon estava dentro do karaokê, quando – por motivos desconhecidos – começou a discutir os três acusados. “Cabelo” teria exibido a arma dentro do estabelecimento e ameaçado a vítima. Mesmo assim, ninguém chamou a polícia para evitar a tragédia. Todos ficaram olhando, enquanto Maikon foi arrastado para fora e agredido por “Cabelo”, Nei e Wilton. Já do lado de fora, “Cabelo” efetuou um único disparo contra Maikon, que morreu no local.

Em seguida, “Cabelo” embarcou em uma motocicleta – Honda Titan azul – e os outros dois homens em um Fiat 147, cor cinza. Só depois que eles deixaram o local é que a polícia foi avisada.

Armas e drogas

O Tenente Toledo, do 13.º Batalhão da Polícia Militar, informou que na semana anterior durante uma revista no karaokê apreendeu duas armas no local.

De acordo com os investigadores, Idineu e Rubens, da Delegacia de Homicídios, o estabelecimento não tem licença para funcionar. Eles apuraram que o local é freqüentado por prostitutas e usuários de drogas.

O pai da vítima, Mário Arruda informou que o filho trabalhava desde os 14 anos em clubes da capital. Ultimamente ele prestava serviços na sauna de um dos clubes, na Vila Guaíra. “Meu filho era trabalhador. Hoje de manhã (sábado) ele iria jogar futebol. Ainda falei para ele não sair”, lamentou o pai. Mário disse ainda que amigos de seu filho lhe informaram que “Cabelo” seria traficante no bairro. “Só não entendo e nem sei porque mataram meu filho”, lamentou.

O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios, que no início da semana deverá ouvir o proprietário do karaokê, funcionários e fregueses, que estavam no local no momento da confusão. A polícia já tem os apelidos dos criminosos e trabalha para identificá-los e solicitar a prisão preventiva.

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