Acusações de tentativa de estupro teriam motivado a tragédia ocorrida no Jardim das Oliveiras, em Almirante Tamandaré, no início da noite de terça-feira. Maria Lúcia Pereira, 15 anos, e seu pai, João Rodrigues da Silva, 34, estão internados no Hospital Cajuru, feridos a faca. A tia da adolescente e cunhada de João, Valdinéia Alves de Aleluia, 28, também esfaqueada, não resistiu ao ferimento e morreu antes de receber socorro médico. O provável assassino, Juliano dos Santos, 18 anos, foi encontrado morto – igualmente golpeado com arma branca – a cerca de 50 metros de onde estava a família.
Todos moravam em casas próximas à linha de trem que acompanha a Avenida Antônio Johnson, ao lado de um barranco. Segundo comentado com policiais militares que atenderam a ocorrência, duas filhas de João chegaram em casa, contando ao pai que um homem tentara atacá-las. Foi o suficiente para João ir tomar satisfações com o vizinho. Logo após, sua cunhada e outra filha o seguiram, sem suspeitar do que as esperava. A discussão não teve outras testemunhas, além das vítimas sobreviventes.
Briga
A PM foi acionada para atender a uma briga com arma branca. Quando chegaram ao local, os policiais encontraram os três feridos e trataram de encaminhá-los o mais rápido possível ao hospital, com auxílio do Siate. Durante o transporte, Valdinéia não resistiu ao profundo corte na perna e morreu. Pai e filha foram levados em estado grave ao hospital. Durante o socorro, João teria relatado apenas uma discussão com o vizinho, a quem conhecia há pouco tempo, porém sem esclarecer o motivo.
Ao procurar o acusado de ter esfaqueado os três, os soldados Edenilson, Alexandre, Maciel e Claudino, junto com o sargento Quadros e o aspirante Hoinatski, encontraram o corpo de Juliano. O rastro de sangue que acompanhava o trilho do trem indicava que ele tinha se arrastado do local da briga e tentado refúgio na casa de sua mãe, distante 50 metros daquele local. O acusado estava caído na porta do banheiro externo, com uma faca de aproximadamente meio metro de lâmina, ao seu lado. “Não sabemos quem atingiu Juliano, se foi uma das vítimas ou um amigo das pessoas esfaqueadas”, relatou Quadros.
