Confusão iniciada na saída de uma casa noturna terminou em perseguição e morte, no fim da madrugada de ontem, no Juvevê. Quatro pessoas, que estavam no Gol placa AJG-7390, foram baleadas, na esquina das ruas Deputado Mário de Barros e Alberto Folloni.

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Horas depois, três suspeitos foram detidos, em Colombo, reconhecidos pelas vítimas e autuados em flagrante na Delegacia de Homicídios. Eles negaram o crime.

Kethellen Fabiulla Horning Antunes, 21 anos, morreu na hora. Raísa Mariana de Lima, 22, baleada na cabeça, no braço e no punho, permanece internada, em estado grave, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico.

Também foram feridos Lincoln Jhonson Garcia Filho, 21, que levou um tiro no braço e já recebeu alta, e Leandro Chamano, 24, atingido na barriga. Ele passou por cirurgia e seu estado é considerado estável.

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Entrevero

Conforme apurado pela polícia, atiradores e vítimas estiveram no John Bull, na Rua Mateus Leme, Centro Cívico. De acordo com o proprietário do estabelecimento, as câmeras de segurança revelam que não houve briga no interior da casa, porém dois grupos se desentenderam na saída e um copo com bebida alcoólica foi jogado no rosto de um rapaz. Nesse momento, os seguranças apartaram os grupos.

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A briga aconteceu às 4h30, minutos antes de Kethellen deixar o estabelecimento. Pouco depois, já com a casa esvaziada, houve outra confusão, desta vez no posto de combustível ao lado. A Polícia Militar foi chamada para conter os brigões, porém, quando chegou, eles já haviam deixado o local, em dois veículos.

Encontro

Oito jovens saíram no Gol, enquanto outros três entraram num Astra preto. Por volta das 5h, os ocupantes do Astra abordaram o Gol, abriram fogo na direção do veículo e fugiram, deixando dois feridos. Logo depois, voltaram e efetuaram mais disparos no carro.

No local, foram encontradas cápsulas de pistolas calibres 9 milímetros e 40. “Quando nossas equipes chegaram, identificaram que o carro das vítimas era o mesmo que havia saído do estacionamento ao lado do bar”, contou o tenente Bruno Bueno, do 12.º Batalhão da Polícia Militar.

Placa do Astra leva polícia até casa em Colombo

Aliocha Maurício
Os três suspeitos foram detidos em casa e negam participação na fuzilaria.

Sobreviventes e testemunhas deram detalhes do Astra e passaram as características dos atiradores. Policiais militares voltaram ao estacionamento e, com a placa do carro, foram até a casa do proprietário, em Colombo. “O veículo estava guardado na garagem da casa da frente, como se estivesse escondido. Identificamos os três rapazes que estiveram no bar e os levamos para a delegacia”, explicou o tenente Bruno, do 12.º BPM.

Alisson dos Santos Martins, 21 anos, Rodrigo Berlo Sobrinho Pinheiro, 23, e Cleyton Rafael Pinheiro, 22, foram apontados como participantes da discussão na saída do bar e como as pessoas que entraram no Astra. O delegado Jaime da Luz ouviu os suspeitos, as vítimas e as testemunhas, e autuou os três em flagrante por homicídio. “As investigações não param, mas eles foram autuados com base nos depoimentos e nos reconhecimentos”.

Defesa

Rodrigo contou que esteve no bar com os amigos, mas que saíram por volta das 3h30, o que foi confirmado pelos proprietários do bar. “Não vi briga nenhuma. Já estava em casa dormindo, quando a polícia chegou e levou todo mundo preso”, defendeu-se. Os familiares dos três detidos garantiram que eles chegaram em casa normalmente e foram dormir. “Tenho certeza que nenhum deles seria capaz de fazer uma coisa dessas. Eles não sabem nem peg,ar numa arma”, disse uma moça.

O perito Edmar Cunico, do Instituto de Criminalística, fez exames para comprovar se algum deles manuseou arma de fogo. O resultado deve ser divulgado nos próximos dias. A DH aguarda que as outras vítimas estejam em condições de ser ouvidas na delegacia.